As próximas oportunidades no setor das fintechs devem vir do mercado de pequenas e médias empresas e da monetização das soluções lançadas. “No Brasil, muitas fintechs que já atingiram escala. Então, muitas delas que, no início, era como defino a minha proposta de valor, agora, é como que eu ganho escala, como eu monetizo essa base. A gente faz muito trabalho de otimizar portfólio, otimizar uso e engajamento e novas soluções”, disse Leonardo Linares, vice-presidente-sênior de produtos e serviços da Mastercard Brasil, em conversa com iupana durante o Mastercard LAC Innovation Forum.
Depois de causarem disrupção no mercado de pessoas físicas, as fintechs devem olhar para o setor empresarial, expandindo a atuação, principalmente, entre as pequenas e médias empresas. Linares ressaltou que PMEs representam uma grande oportunidade para as fintechs levarem uma experiência melhor para elas, tais como com soluções digitais e contas internacionais.
Questionado sobre qual é o momento atual do mercado de fintechs, Linares apontou que enxerga uma onda um pouco mais baixa mais pela (falta de) disponibilidade de capital do que por oportunidades. “O mercado de capitais acaba impactando muito esses ciclos das fintechs e até por isso elas estão buscando se monetizar mais”, disse. Não seria, contudo, um momento de baixa, mas, sim, uma arrefecida nos investimentos, principalmente, nas novas e que assim que voltar o fluxo de investimentos virá uma nova onda.
A parceria entre banco e fintechs também segue como tendência, principalmente, para atender a nichos específicos e que não constam do portfólio de um ou de outro. Uma forma de bancos tradicionais modernizarem a forma de trabalhar.
Futuro tem alternativas
Com Drex em desenvolvimento, expansão do Pix, alta de tokenização e descentralização, o vice-presidente-sênior de produtos e serviços da Mastercard Brasil é taxativo: é um futuro com mais alternativas. “Eu não diria que terão vencedores. O grande vencedor é o consumidor que vai ter mais alternativas, com tecnologias mais convenientes e mais seguras”, disse.
Para ele, para cada caso de uso, o consumidor vai poder ter várias formas e vai buscar o que seja mais fácil e cômodo para ele. “Vejo a convivência de várias alternativas como o caminho e vejo também a tecnologia ajudando na conveniência, como fazer um pagamento com uma autenticação biométrica.”