Bart Digital é uma fintech que facilita o financiamento agrícola. Mariana Bonara lançou a empresa após uma carreira como advogada. “Começamos a criar a fintech em 2016, antes que o mercado estivesse pronto para a digitalização”, conta Bonara, que também é diretora- executiva da ABFintechs, a associação fintech do Brasil.
Bonara diz que ela não enfrentou desafios por ser mulher, algo que ela atribui ao fato de estar acostumada com o ambiente corporativo. “Trabalhei em uma multinacional, então, já estava acostumada ao formalismo que, às vezes, não é amigável para as mulheres”, avalia. “Então, quando comecei a ser uma empresária, não sentia barreiras por ser mulher.” E o agronegócio é amigável às mulheres, que assumiram a liderança do agronegócio”, acrescenta.
Bonara está vendo um número crescente de mulheres assumindo papéis de liderança e entrando no empreendedorismo.
“Temos que trabalhar tentando não pensar que se trata de um ambiente masculino”. Em vez disso, pensando que somos competentes o suficiente para ocupar esse lugar, entendendo que somos capazes”, ela aconselha.
Também é importante, acrescenta Bonara, que as mulheres se reúnam e trabalhem em rede, estabeleçam parcerias, alianças e ajudem umas às outras a crescer. “O mercado compreendeu a importância da diversificação e que o padrão dos homens brancos significa repetir a fórmula.”
Em sua fintech, a Bart, ela ressalta que as mulheres representam 70% da força de trabalho.
“Tenho visto um número crescente de mulheres se tornando empreendedoras, mas elas ainda são muito menos do que os homens”. As fintechs têm sido um caminho, pois elas são um espaço aberto, uma página em branco para preencher”, conclui a executiva.