A fintech colombiana TPaga está em beta com o WhatsApp Banking, produto que aproveita a rede de mensageria para realizar operações financeiras, como onboarding de clientes, pagamento de serviços e recargas.
Esta estratégia vai na direção oposta às iniciativas das big techs para se envolverem em serviços financeiros, como visto por Apple e Google em pagamentos e cartões; agora, são as empresas tecnológicas que estão utilizando um serviço da Meta para gerenciar pagamentos e chegar a mais usuários, embora com alguns desafios.
“Acho que um dos desafios é posicionar o hábito de pagar via WhatsApp”, observa Andrés Gutiérrez, cofundador e CEO da TPaga, à iupana. O produto estará disponível em uma primeira etapa para 100 mil clientes e eles também planejam oferecê-lo como serviço para outras fintechs ou bancos, gerando uma nova fonte de renda.
O WhatsApp Banking pode mudar a relação dos usuários com os bancos em mercados emergentes como a América Latina, destaca Gutiérrez, já que é comum que as mensagens via WhatsApp sejam integradas gratuitamente por qualquer operadora de telefonia e porque a interface do aplicativo de mensagens pode ser instalada em telefones básicos, além de serem mais amigáveis para idosos.
Na verdade, a plataforma de mensagens é a que tem maior penetração na região.
“Percebemos que era o aplicativo mais conveniente e decidimos, em vez de forçá-los a baixar um aplicativo, por que não incorporar nossos serviços ao WhatsApp”, continua Gutiérrez.
Outra startup que lançou seu produto de WhatsApp Banking é a Truora, especializada em tecnologia de relacionamento entre empresas e clientes. Através de sua solução é possível fazer validação de identidade, além de gerar um perfil de risco para bancos e fintechs pronto para aprovação final.
“O WhatsApp nos permite uma recuperação 40% maior do que qualquer outro canal”, disse à iupana Maite Muniz, cofundadora da Truora, empresa que trabalha com Bancolombia, Clara e Trii, entre outros.
“Eu diria que estamos indo muito bem, não porque não tenha taxa de queda, mas porque a taxa de lembretes é muito maior do que em qualquer outro canal”, finaliza Muniz.