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Boom de spinoffs digitais: é assim que os neobancos crescem a partir dos bancos tradicionais

abr 10, 2023

Por Antony Pinedo

Mapa: Bancos latino-americanos lançam cada vez mais marcas digitais para conquistar novos segmentos de clientes. Mostramos os desdobramentos digitais de instituições tradicionais do México ao Chile.

Embora alguns sejam mais rápidos que outros, os bancos latino-americanos aderiram à onda digital. Com propostas de neobancos próprios, buscam se adaptar aos novos hábitos de consumo, explorar as tecnologias atuais e competir com fintechs em expansão, como Nubank, Ualá ou C6 Bank.

É uma tendência que vai continuar a crescer: pelo menos três spinoffs vão entrar em funcionamento nos próximos meses, confirmaram fontes à iupana, destacando o objetivo de alcançar novos clientes em segmentos da população que tem pouco contacto com as marcas tradicionais.

“Os bancos não estão canibalizando. Eles estão conquistando clientes que, normalmente, não  conseguiriam captar com seus modelos tradicionais. Eles estão entrando para saturar o mercado da concorrência, para pegar sua fatia”, diz Andrés Carriedo, fundador do DesignBanking, empresa de transformação digital financeira do México.

A seguir, apresentamos um mapa com os bancos digitais que são extensões de entidades da região, para que você não perca de vista os últimos lançamentos e tenha um panorama dessa tendência:

 

México

  1. Banregio: Hey banco

Apresentado em 2017, foi um dos pioneiros do movimento no México. Executivos do banco disseram, em meados do ano passado, que solicitaram aos reguladores mexicanos sua própria licença bancária para operar independentemente do Banregio.

  1. Afirme: Billú

O Banco Afirme pretende iniciar as operações da Billú entre abril ou maio. Com este spinoff, o banco pretende prestar serviços financeiros a jovens, com foco nos segmentos de gaming e metaverso. Em conversa com iupana, o responsável da Billú, Martín Mercado, reconheceu que a Afirme visa a um público atento às novas tecnologias.

  1. Invex: Now

Sob o guarda-chuva da Invex, Now iniciou suas operações em fevereiro e tem um plano de médio prazo para a colocação de cartões de crédito. Jorge Rodríguez, diretor de produtos da Now, afirma que ainda há espaço no mercado mexicano para competir por meio da customização de linhas de crédito, taxas de juros e parcelamento, para acelerar a emissão de plásticos.

  1. Santander: Superdigital e Openbank

O Santander tem um plano ambicioso para a América Latina por meio da Superdigital, seu spinoff voltado para os desbancarizados e que mira em produtos de poupança e pagamento. A marca já atua no Brasil, Argentina, Chile e México e, neste ano, iniciará operações na Colômbia, Peru e Uruguai para atingir 5 milhões de clientes ativos.

Por sua vez, o Openbank é uma proposta mais completa em termos de oferta de produtos, pois também oferece financiamento, seguros e cartões. Na América Latina, possui operações apenas na Argentina, porém, o lançamento no México está previsto para o primeiro trimestre deste ano.

  1. Banorte: Bineo

O Bineo é o primeiro banco digital autorizado pelos reguladores mexicanos. Um porta-voz da instituição disse à iupana que estimam que o início das operações esteja pronto para o segundo semestre deste ano.

  1. Actinver: Dinn

Com foco em investimentos, o Actinver Financial Group apresentou a marca Dinn, um produto financeiro que permite a abertura de conta poupança com cartão de débito.

 

Colômbia

  1. Bancolombia: Nequi

O Nequi foi lançado em 2016 e, agora, foi formalmente separado do banco Bancolombia. Em agosto, o regulador colombiano deu autorização para operar como uma empresa de financiamento. Com esta licença, Nequi assumiu uma nova estratégia de crescimento liderada por Andrés Vázquez, que acompanha o produto desde o início.

  1. Davivienda: Daviplata

Com presença em El Salvador e na Colômbia, a Daviplata é uma das propostas digitais mais antigas da região. Foi apresentado em 2011 e atualmente incorpora pagamentos por QR para pequenos comerciantes.

  1. Grupo Aval: dale!

O Grupo Aval, controlador do Banco de Bogotá, lançou o dale! em 2020, marca que significou a primeira aposta digital do conglomerado financeiro. Estima-se que dale! tem pouco menos de um milhão de clientes.

  1. GNB Sudameris: Lulo Bank

GNB Sudameris — pertencente à família Gilinski — iniciou as operações do Lulo Bank em 2021; é a sua proposta de banco digital. O CEO da empresa, Santiago Covelli, estimou que este ano alcançarão 1 milhão de usuários.

  1. Banco Pichincha: Pibank

No fim do ano passado, o Banco Pichincha (BP) iniciou as operações do Pibank na Colômbia, oferecendo benefícios de cashback sem valores iniciais. A BP do Equador já havia apresentado esta solução na Espanha em 2018.

  1. Financiera Dann: Neobanco Iris

Voltada para as PMEs colombianas, a Financiera Dann criou o neobanco Iris, uma marca focada na captação e empréstimos para empreendedores. Íris foi lançado em 2021.

 

Equador

  1. Banco de Guayaquil: PeiGO

O PeiGo está disponível no mercado equatoriano desde setembro de 2022 e espera atingir 250 mil clientes até meados deste ano. Com uma proposta jovem, a carteira digital é a aposta fintech do Banco de Guayaquil.

 

Peru

  1. BCP: Yape

O grupo Credicorp apresentou sua carteira digital Yape em 2016, que, hoje, conta com mais de 12 milhões de usuários, o que a coloca como a mais popular do país inca. O feito se deu por meio do serviço de transferência de dinheiro com número de telefone, mas o produto evoluiu e agora oferece microcréditos e promoções aos seus usuários.

 

Argentina

  1. ICBC: YOY

Voltado para a geração Z, o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) lançou, no ano passado, YOY, uma carteira digital que reúne serviços de interesse dos jovens, como marketplace de moda e informações para jogos online.

 

Brasil

  1. Itaú: Iti

O gigante Itaú Unibanco apresentou, em 2019, sua plataforma Iti, uma solução de pagamento com códigos QR que escalou rapidamente para produtos de aquisição de lojistas e oferta de cartões de crédito. Também está disponível para menores entre 14 e 17 anos. Em setembro passado, estimava-se que tinha 18 milhões de usuários.

  1. Bradesco: Next – Digio

O Bradesco anunciou, há duas semanas, que todos os usuários do Bitz, sua carteira digital, serão transferidos para a Digio, fintech do banco. Junto com o Next, também do Bradesco, o banco tem duas marcas digitais para disputar o mercado brasileiro.

 

Chile

  1. BCI: Mach

O Mach foi introduzido em 2017 pelo BCI para agilizar os pagamentos entre usuários e concorrer com alternativas como o Mercado Pago. No ano passado, o produto ganhou escala e agora permite transferências com outros bancos.

19. Ripley: Chek

O Grupo Ripley tem um plano ambicioso com sua carteira digital Chek, que iniciou suas operações em 2020. Há alguns meses, na iupana, antecipamos o interesse do grupo em viabilizar um produto de remessa e completar o ecossistema de soluções financeiras por meio do Chek.