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O futuro das finanças na América Latina e no Caribe

Boas Fontes: Rappi descarta IPO e Covalto diz “sem comentários”

abr 14, 2023

Por Ivis Aguilera

Contamos as notícias mais importantes da semana em banco digital, fintech e pagamentos na América Latina

Essa semana começou com um workshop promovido pelo Banco Central do Brasil sobre o projeto piloto do real digital. Acompanhamos a reunião e apontamos como se dará o progresso da CBDC brasileiras. Algumas dúvidas foram sanadas no evento, mas outras permaneceram no ar e devem ser debatidas nos próximos meses. De certo, o BC mira com o real digital a tokenização e uma maior digitalização da maior economia da América Latina.

E além: Rappi diz que tem dinheiro suficiente para descartar um IPO e se esquiva de comentários sobre capital apertado. Enquanto isso, no México, Covalto parece ter estendido seu prazo para listar na Nasdaq; Walmart compra Trafalgar e Clara e Afirme unem forças para colocar empréstimos para PMEs.

#TopStory

Piloto do real digital avança no Brasil

Privacidade e infraestrutura foram as palavras mais ouvidas durante o workshop promovido pelo Banco Central do Brasil (BC), na segunda 10/04, para prestar esclarecimentos sobre o projeto de criação do real digital. O chamado “Piloto RD” começará com participantes representando todos os atores do ecossistema.

“Nossa ideia é reproduzir no teste o ecossistema do sistema financeiro brasileiro, tendo representantes de todos os tipos de instituições, como bancos, cooperativas, instituições de pagamento; com entidades de grande e pequeno portes”, explicou Fabio Araujo, coordenador da iniciativa do real digital e consultor do Departamento de Operações Bancárias e Sistemas de Pagamentos (Deban) do BC. Ele ressaltou a busca por diversidade na composição dos participantes do piloto.

A incorporação dos participantes está prevista para maio. O Brasil lidera a implantação de sua moeda digital do banco central (CBDC, na sigla em inglês) na América Latina, atraindo a atenção de seus pares que também formulam moedas digitais para massificar pagamentos digitais, poupança e operações de crédito como Peru e México.

“A principal motivação que temos com o real digital é a tokenização da economia”, disse Rogério Lucca, chefe do departamento de operações bancárias e sistemas de pagamentos do BC, no início de sua palestra no workshop. Segundo Lucca, o mercado de tokenização cresce sem que o banco tenha uma infraestrutura baseada nessas tecnologias e que permita a liquidação das operações em CBDC.

O BC informou que iniciará os testes com a tokenização de quatro tipos de ativos: reservas bancárias, depósitos à vista de instituições financeiras, depósitos de instituições de pagamento e Títulos Públicos Federais. Em março, o Banco Central já havia anunciado a rede Hyperledger Besu como sua plataforma preferida de DLT (distributed ledger technology), quando disse que faria simulações de compra e venda de Títulos Públicos Federais entre duas pessoas.

A proposta é que cada instituição participante seja um nó dentro da rede Hyperledger Besu. O foco principal do emissor é avaliar os recursos da tecnologia para lidar com problemas de privacidade, programação e infraestrutura nesse novo ecossistema.

#Jogadas Estratégicas   

Rappi descarta abrir capital e compra Box Delivery

O unicórnio colombiano Rappi garante que alcançou a escala e a sustentabilidade de seus negócios. Por isso, não planeja fazer uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) ou requerer novas captações de capital, segundo Sebastián Mejía, presidente e cofundador do superapp , disse à Bloomberg Línea. As declarações vieram após as questões de rentabilidade feitas à sua vertical de finanças, após um tímido avanço na colocação de cartões de crédito no Peru. A Rappi disse ainda que adquiriu Box Delivery no Brasil, operação que esquenta a concorrência contra o iFood.

Planos de IPO da Covalto parecem estar em espera

Em agosto, David Poritz, cofundador e coCEO da Covalto, disse a este veículo que a empresa esperava abrir o capital no primeiro trimestre deste ano. No entanto, os planos do IPO parecem estar atrasados, depois de anunciarem que a aliança entre a Covalto, dedicada a soluções financeiras para PMEs, e a LIV Capital, uma empresa de aquisição de propósito específico (SPAC), foi prorrogada até fevereiro de 2024iupana perguntou ao banco os motivos da mudança de horário, mas eles se recusaram a comentar.

Walmart México compra fintech Trafalgar

A rede varejista Walmart comprou a fintech Trafalgar Digital, empresa autorizada no México como instituição de fundos de pagamentos eletrônicos. A transação representa a mais recente tentativa do Walmart de expandir sua presença em finanças digitais. Até 2015, tinham uma licença bancária, que depois venderam ao grupo financeiro Inbursa. Atualmente, eles também têm Cashi, uma carteira digital… A questão permanece: Trafalgar será absorvida por Cashi ou vice-versa?

Afirme e Clara, do México, fazem parceria para financiar PMEs

O banco Afirme e a fintech Clara estabeleceram uma aliança no México com o objetivo de conceder empréstimos de longo prazo a mais de 200 PMEs neste ano. Desta forma, a Afirme disponibiliza linhas de crédito aos clientes Clara com prazos até cinco anos, para complementar as ofertas de cartão de crédito e de gestão de despesas oferecidas pela Clara. Por sua vez, a plataforma digital apoiará seu parceiro bancário como um facilitador tecnológico para alcançar novos usuários em sua carteira.

Volkswagen lança fintech no Brasil

Volkswagen apresentou a VOU, fintech que atuará no Brasil e terá como foco seu ecossistema de concessionárias e coligadas. Vou disse que já abriu contas para vários parceiros de negócios para os quais oferece recursos e produtos de gerenciamento de dinheiro, como adiantamento de contas a receber. Este lançamento representa a primeira incursão em fintech por uma empresa automotiva.

Além do mais…

  • No Brasil, o Grupo Santander fundiu suas marcas de crédito Sim e Mais Vezes para centralizar seus produtos. Agora, sob o nome de Sim, eles vão oferecer empréstimos pessoais e no modelo de compre agora, pague depois (BNPL).
  • A japonesa Credit Saison abrirá operações no Brasil e no México por meio de subsidiárias. Pretende encontrar parceiros em bancos e fintechs para conceder empréstimos a particulares e PME.
  • No México, foram concedidas seis novas licenças de fintech: as empresas são Alto Azareo e Sylon capital como carteiras eletrônicas; e UcombiExpansive RealtyGrupo Quindalo e Maussan y González como empresas de crowdfunding.
  • Na Argentina, a carteira digital N1u inicia suas operações e pretende se consolidar no setor juvenil e gamer.

#Investimentos

Kaszek capta US$ 975 milhões para investir na América Latina

A empresa de capital de risco Kaszek Ventures levantou US$ 975 milhões em dois novos fundos de investimento para a América Latina. De um lado, US$ 540 milhões são destinados a empresas que tenham suas operações em estágios iniciais; de outro, US$ 435 milhões são para startups que estão em estágios mais avançados.

Z1, do Brasil, arrecada US$ 10 milhões

A carteira digital brasileira Z1, especializada em menores de 18 anos, arrecadou cerca de US$ 10 milhões, em uma rodada coliderada por Homebrew, Parade Ventures e Kindred Ventures. O financiamento ajudará a expandir seu público-alvo e atingir os segmentos adultos.

#Pessoas

Fintech Magalu do Brasil nomeia novo CEO

fintech brasileira Magalu, da gigante do comércio eletrônico Magazine Luiza, nomeou Carlos Mauad como seu novo CEO. Ele vai liderar a estratégia de crescimento da empresa. Mauad é reconhecido por ter passado pela direção do Banco Carrefour e também trabalhou no Citibank, tendo ampla experiência no mercado financeiro e soluções de pagamento.

Belvo tem novo gerente-geral no México

O iniciador de pagamentos Belvo nomeou Federica Gregorini como sua nova gerente-geral no México. A executiva será responsável por liderar as estratégias de crescimento da empresa.

#iupanaExclusive 

Você conhece todos os spinoffs lançados pelos bancos tradicionais da América Latina? Na iupana preparamos um mapa com as marcas digitais que estão sendo impulsionadas pelos bancos, de forma a modernizar a sua imagem e a atingir novos públicos.

  • Com essa estratégia, os bancos competem com as fintechs.
  • Os bancos não estão preocupados com a canibalização.
  • As extensões de marcas digitais estão alcançando públicos onde não conseguiriam com suas propostas mais tradicionais.

Conheça os bancos digitais da região na nossa reportagem especial da semana em iupanaExclusive.

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