Boas Fontes: Nubank cria sua própria criptomoeda

21 October, 2022

Olá,

O que você sabe sobre a nova jogada do Nubank de lançar sua criptomoeda no Brasil e, assim, bater na porta da Web3? O anúncio, feito nesta semana, coloca o Nu junto a um grupo exclusivo de instituições que buscam colher benefícios em blockchain. O Mercado Livre já fez este caminhona região. Exploramos o que essa movimentação significa para o mercado. Spoiler: pode colocar o Brasil emergindo como um laboratório de criptomoedas.

Além disso, trazemos a Ualá entrando para
competir na aquisição de serviços na Colômbia e a Covalto de México seguindo rumo a um IPO com novos financiamentos.

Isso e muito mais em nosso resumo semanal 👇🏼👇🏼👇🏼.

Boa leitura!

#TopStory 🔝

Nubank anuncia criptomoeda e explora Web3. O que isso significa?

Esta semana, o Nubank anunciou sua criptomoeda e, com ela, explora as potencialidades do blockchain e da Web3, juntando-se ao grupo cada vez menos exclusivo de instituições que buscam colher benefícios na cadeia de blocos.

O Nubank
planeja lançar seu Nucoin no primeiro semestre de 2023 para seus clientes no Brasil, juntando-se à tendência de quem quer competir na área de ativos virtuais, ao lado do Mercado Livre, que, em agosto, apresentou o Mercado Coin, também no Brasil. A maior economia da região está emergindo como um laboratório de criptomoedas em ebulição.

A Nucoin será criada em parceria com a Polygon, uma plataforma de desenvolvimento blockchain e Web3. El a será usada para programas de recompensas do neobank. “Este projeto é mais um passo em nossa crença no potencial transformador da tecnologia blockchain e para democratizá-la ainda mais, indo além de comprar, vender e manter criptomoedas no aplicativo Nu”, disse Fernando Czapski,
gerente- geral da Nucoin, em  um comunicado.

Embora a tecnologia criptográfica esteja permeando os produtos de fintechs e bancos tradicionais, as referências à Web3 —um conceito ainda em desenvolvimento —são bastante incipientes. A ideia original é criar um sistema de troca econômica virtual baseado em ativos tokenizados. A Polygon disse que o Nubank se junta à lista de empresas, como Starbucks, Robinhood ou Stripe, que usam sua plataforma para desenvolver serviços descentralizados, acrescentando que veem a América Latina como potencial.

“O Brasil é um dos maiores e mais rentáveis ​​mercados em nível competitivo”, disse Juan Frers, sócio responsável por tecnologia da Beps Global Consultores, empresa que oferece consultoria para negócios de criptomoedas, para a iupana. “É por isso que podemos entender por que diferentes exchanges ou exchanges de criptomoedas escolheram competir lá”, acrescentou.

Estamos diante de uma nova tendência a explorar.

“É essencial entender que o atual mercado de criptomoedas está em um momento crítico […] os centros das [cripto] multinacionais estão principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Massão os mercados emergentes, tanto africanos como
latinoamericanos, que podem ser o ápice do futuro”, acrescentou o analista.

Cibersegurança no foco das finanças abertas no Brasil

Os novos meios de pagamento como o Pix e as tecnologias que integram dados financeiros, o open finance, trouxeram consigo diversas vantagens, mas precisam ser seguras, tanto para usuários quanto para as empresas, alertou Diego Perez, presidente da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) em artigo divulgado à imprensa.

Perez ressaltou que as fintechs vêm investindo em cibersegurança e disse que, com o crescimento das fintechs (chegando a 1.289 no primeiro trimestre deste ano, segundo relatório da
plataforma Distrito), os recursos para o desenvolvimento de produtos e serviços devem estar alinhados à segurança cibernética e em conformidade à LGPD.

#Frase da semana 📆

“Como meio de pagamento, as criptos têm desafios como a volatilidade. Nesse sentido, a CBDC não teria essa característica, porque ela estaria relacionada diretamente à própria moeda soberana, então, ela seria muito mais estável”

Denis Nakazawa, diretor da Accenture, líder da área de mercado de capitais na América Latina, no episódio nº 2 da série de podcasts “O futuro do dinheiro: cripto, moedas digitais e serviços financeiros”.

#Jogadas Estratégicas 📊

Ualá lança adquirência agora, na Colômbia

O unicórnio argentino Ualá entrou para disputar a vertical de adquirência na Colômbia com seu produto Ualá Bis. A proposta da fintech é que as empresas possam fazer pagamentos físicos e online e que o pagamento seja imediato na conta do lojista. Pierpaolo Barbieri, fundador da Ualá, nos explicou a estratégia da Ualá Bis ao
lançar o produto no México em maio.

Também…

• A brasileira Raízen, empresa de energia, adquiriu a carteira digital Payly por US$ 14 milhões com o objetivo de continuar a desenvolver a unidade financeira da empresa.
• Mareigua, fintech de análise
  de risco, e a empresa global de dados Equifax, se unem para desembarcar na Colômbia e aprimorar a análise financeira de riscos no país.

#Investimentos 📈

Covalto recebe US$ 200 milhões em financiamento

A Covalto, uma plataforma de serviços financeiros para PMEs no México, conseguiu US$ 200 milhões em novos financiamentos. A empresa obteve o equivalente a uma extensão de linha de crédito de US$ 190 milhões do financiador estadual de agronegócios FIRA. Além disso, recebeu um empréstimo de US$ 10 milhões da US Development Finance Corporation (DFC). A dívida da empresa também foi classificada como grau de investimento pela HR Ratings. A Covalto falou recentemente com a iupana sobre seus planos de expansão na região em
2023, quando também planeja seu IPO em Nova York.

E ainda…

• A Reworth, uma fintech mexicana de cashback, captou um investimento de US$ 3,3 milhões para aumentar seu capital inicial. Participaram do financiamento Sergio Furio da Creditas, Daniel Vogel da Bitso e Justin Mateen fundador do Tinder, entre outros.
• A Vector Partners, grupo mexicano de financiamento mezzanine, investiu US$ 7 milhões na Macropay, empresa que financia a compra de celulares. Os recursos serão usados ​​para abrir mais filiais.

#iupanaExclusive 🔥

A unicórnio mexicana Clara afirmou que está prestes a obter rentabilidade, por meio de uma estratégia que utiliza dívida para entregar empréstimos a PMEs no México, Brasil e Colômbia, ao mesmo tempo em que aloca seu capital para continuar crescendo em tecnologia e operações. Esta semana conversamos com Rodrigo Aparicio, o novo CFO da Clara, e ele explicou como funciona o modelo de negociação e como isso vai facilitar o IPO.

• Clara anunciará novas linhas de financiamento para seus créditos no Brasil e na
  Colômbia.
• A empresa encarregou o Aparicio de iniciar o caminho sua oferta pública de ações.
• O desafio é continuar escalando usuários, de forma a manter o fluxo de entrada de rendiimentos.

Conheça os planos de Clara de abrir o capital no mercado internacional em nossa matéria principal da semana.

Ao vivo: 30 minutos para o futuro na Argentina, NOVEMBRO

É a vez da Argentina. Desta vez reservamos o espaço para conversar com o diretor da Comissão Nacional de Valores (CNV), Martín Breinlinger. As
inscrições estão abertas, e a partir de agora você pode enviar suas perguntas.