Quando o Brasil lançou a terceira fase do open banking na sexta-feira (29 de outubro), o banco digital BS2 juntou-se às maiores instituições financeiras do País na nova estrutura.
A terceira fase irá impulsionar uma gama de novos serviços e modelos de negócios, diz o banco, tornando-se um bom momento para entrar no sistema financeiro aberto.
“Ele permitirá o surgimento de novos modelos de negócios. Veremos empresas se posicionando como plataformas, uma vez que o open banking facilita a troca de informações e um ecossistema expandido conectado por APIs”, disse Fernando Radunz, CIO da BS2, à iupana.
Na fase 3, começa a iniciação de transações de Pix por iniciadores de transação de pagamento e, em seguida, há a entrada gradual dos demais arranjos de pagamento, como TED, boletos e débito em conta. Isso abre caminho para o surgimento de novas soluções e ambientes para a realização de pagamentos e para a recepção de propostas de operações de crédito.
“Como permite diferentes aplicações e sistemas para iniciar pagamentos em plataformas de terceiros, proporcionará aos clientes uma jornada mais fluida”, disse o CIO.
Como o BS2 não está entre os maiores bancos do Brasil, não foi obrigado a participar da fase dois – embora as fases um e três sejam obrigatórias para o banco digital, que fornece soluções financeiras e tecnológicas para empresas e indivíduos.
No entanto, Radunz disse que o BS2 também está trabalhando para estar em conformidade com a fase dois até o fim deste ano.
“Estamos em desenvolvimento; avaliando a melhor estratégia para saltar para a fase dois, inclusive, usando nossa própria experiência passada em parcerias, por exemplo, Contabilizei”, explicou o CIO.
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Caso de uso bancário aberto: BS2-Contabilizei
Contabilizei é um serviço de contabilidade online para pequenas e microempresas. No ano passado, ambas as empresas anunciaram uma parceria sob a qual os clientes novos e existentes de Contabilizei poderiam abrir automaticamente uma conta digital BS2, sem a necessidade de novos registros ou envio de documentos.
É um caso de uso de open banking , disse o CIO, enquanto explicava que a BS2, com o consentimento do cliente, usa as informações do processo de integração na Contabilizei para abrir automaticamente a conta digital.
“Com esta parceria experimentamos a essência do open banking, embora não ela siga os padrões estabelecidos pelo BCB para o open banking”, detalhou Radunz.
Das 60.000 contas bancárias corporativas mantidas na BS2, entre de 15.000 e 20.000 foram abertas através da parceria com Contabilizei, disse Radunz.
A fase três abrirá ainda mais as oportunidades. Por exemplo, os clientes poderão pagar contas, fazer transferências e Pix enquanto estiverem na plataforma Contabilizei, sem a necessidade de sair dela, explicou o CIO.
A BS2 está interessada em assinar novas parcerias. “Nossos produtos já oferecem uma abordagem one-stop-shop; e você pode acessá-los todos em nosso superapp”, disse ele, acrescentando que o banco aberto melhorará o acesso à informação.
“A abertura de contas bancárias aumentará a abertura de novas contas e facilitará a personalização para melhores produtos. E as perspectivas a médio prazo são enormes”, disse ele.
“Open banking tem um poder disruptivo e revolucionará o setor. Daqui a cinco anos, os bancos serão totalmente diferentes e o compartilhamento de dados será tão fácil quanto hoje é para fazer um Pix”, ponderou.
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