O desafio de implementar e usar com segurança as novas tecnologias de prevenção de fraudes esteve no centro das conversas do FinSeg Day 2025 na Cidade do México.
“Quanto maior a digitalização, maior a área de risco”, disse Luis Lima, diretor-geral de Supervisão de Segurança da Informação da Comissão Nacional Bancária e de Valores (CNBV), que fez o discurso de abertura do evento organizado pela iupana.
O regulador destacou que o uso de novas tecnologias, entre elas a inteligência artificial (IA), deve ser acompanhado por uma gestão de riscos.
Por sua vez, o Santander México reconhece que integrar novas tecnologias em sistemas legados representa um desafio, especialmente para um banco que cresceu por meio de aquisições, herdando assim múltiplas plataformas e arquiteturas diferentes.
“Não tem sido fácil”, revelou Marcos Rosales, diretor de Prevenção de Fraudes do Santander México. No entanto, o banco conseguiu incorporar novas tecnologias, seguindo uma implementação modular, explicou.
Por sua vez, o sindicato dos agregadores de pagamentos (Asamep) apontou a urgência de contar com programas operacionais mais rigorosos e processos de KYC mais robustos para seu setor, a fim de detectar fraudes em seus canais. Eles alertaram que, ao contrário dos bancos, os agregadores nem sempre dispõem das mesmas informações do cliente, embora sejam eles que sofrem as perdas operacionais por fraude.
“O agregador não comete fraude, fazemos parte de um sistema que busca facilitar os pagamentos de forma segura”, garantiu Carlos Rojero, diretor-geral da Asamep.