A Aplazo, do México, diz que a avaliação contínua dos provedores e a identificação de novas técnicas de fraude fazem parte da fórmula para evitar fraudes durante a inscrição de novos clientes.
A fintech, dedicada a empréstimos do tipo compre agora, pague depois (BNPL, na sigla em inglês), tem o desafio de conceder financiamento em processos rápidos nos pontos de venda, o que aumenta os requisitos em seus processos de know your customer (KYC, na sigla em inglês) e na concessão de linhas de crédito.
Durante seu processo de integração, a fintech deve responder sem prejudicar as vendas do varejista e sem afetar seu modelo de negócios.
“É um processo muito intenso de evitar esses tipos de ataques, prevenindo-os. Por isso, estamos constantemente avaliando nossos provedores, certificando-nos de que temos o melhor ou os dois melhores”, disse Juan José Huezo, vice-presidente de produtos da Aplazo, à iupana.
O executivo reconhece que, ao abrir uma conta, algumas pessoas se disfarçam ou alteram sua aparência, usando chapéus, óculos ou maquiagem, a fim de evitar verificações de identidade, como a comparação entre o documento e a selfie.
O desafio diário é conseguir identificar os mocinhos dos bandidos com a tecnologia e fazer com que essa identificação tenha taxas de erro muito baixas.
“Sempre temos revisão pós-decisão, amostragem e controle de qualidade para garantir que os falsos negativos não afetem os negócios”, diz Huezo.
Chile promove sandbox de open finance com escopo regional
A possibilidade de uma sandbox de open finance que ensinará lições aos países latino-americanos será promovida pelo Chile; no entanto, os especialistas acreditam que o desafio está em estabelecer padrões para sua implementação.
A questão foi apresentada por Solange Bernstein, presidente da Comissão de Mercado Financeiro (CMF) do Chile, perante o Comitê de Finanças do Senado, onde ela explicou que o regulador financeiro promoverá uma sandbox regional que será apoiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF).
O desafio de uma sandbox regional é a implementação de um sistema homogêneo.
“Desde que os padrões usados nas diferentes jurisdições, que são relevantes para sandbox, sejam os mesmos, eu entenderia que é útil”, disse Ignacio Pera, advogado especializado em questões financeiras digitais da Dentons, à iupana.