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As tarifas de Trump e seus efeitos na América Latina: bancos cautelosos e IPOs em pausa

abr 11, 2025

Por Eyanir Chinea
Tarifas Trump

Falamos sobre o impacto das medidas tarifárias de Trump sobre as finanças da América Latina.

 

Em cooperação com Antony Pinedo

 

A incerteza gerada pela ofensiva tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, está levando o setor bancário da América Latina a ser mais cauteloso quanto ao uso de seu orçamento, o que provavelmente criará atrito no ritmo da inovação.

Embora Trump tenha anunciado na quarta-feira uma pausa nas tarifas recíprocas impostas a dezenas de países, dando ao mercado uma certa trégua, a guerra comercial entre as duas principais economias globais, Estados Unidos e China, continuou a aumentar, fazendo com que os principais mercados de ações do mundo acumulassem novas perdas de trilhões de dólares.

“Estamos vendo que o setor financeiro, que sempre buscou margens altas, está procurando maneiras de ser mais eficiente: tentando investir em projetos que gerem redução de custos”, disse Juan Salamaca, sócio da EY para o setor financeiro, à iupana. “É muito provável que os bancos optem por automatizar processos, reduzir funcionários e escritórios. Eles precisam ser cautelosos sobre como usarão o dinheiro e, agora, ainda mais com a queda no mercado de ações, que gera incerteza para os tesoureiros dos bancos”, acrescenta.

Nesse cenário, o capital de risco (VC, na sigla para venture capital) não parece estar se posicionando como um refúgio para os investidores que tentam escapar da volatilidade das ações. “Eles vão dar um grande golpe na taxa de recuperação do capital de risco na região, porque o problema mais importante do capital de risco é a falta de exits (IPO, na sigla em inglês para abertura de capital); uma falta de liquidez de todo o modelo”, acrescenta Jorge González, sócio-gerente da empresa de investimentos G2 Momentum Capital, que tem em seu portfólio fintechs como kubo.financiero e Finerio, entre outras.

González observa que Klarna e Shein estavam batendo à porta dos mercados para fazer saídas públicas, mas que seu anúncio de adiar os movimentos dá sinais negativos, embora haja capital disponível e algumas startups estejam conseguindo levantar rodadas significativas. “Isso pode atrasar o processo de recuperação por um ano inteiro e ser tortuoso”, continua o investidor mexicano.

Do lado positivo, os prestadores de serviços que geram eficiências para os bancos podem ganhar novas oportunidades. “As fintechs que podem resolver um problema, melhorar a eficiência ou reduzir os custos para os bancos podem se sair muito bem”, concluiu Salamanca.

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