O consumo de jogos online no México está crescendo, criando um nicho para instituições financeiras que podem usá-lo como um nicho não tão explorado para envolver clientes digitais, criar melhores experiências e implantar serviços de pagamento.
Um estudo do Santander e da aceleradora de startups Endeavor projeta que as receitas do setor de jogos no México crescerão para US$ 1,5 bilhão até 2026, acelerando 20% em dois anos. A pesquisa apresentada esta semana também traçou um novo perfil dos gamers: 87% jogam em seus smartphones, a maioria tem entre 18 e 44 anos e metade é mulheres.
“Os gastos com jogos são 25% maiores do que com entretenimento […]. Haveria cerca de 76 milhões de clientes mexicanos ativos em jogos, com MXN$ 5.500 pesos (cerca de US$ 275) de gastos anuais; o que fala de uma recorrência brutal e denota um greenfield que parece enorme”, disse Laura Cruz, vice-gerente geral de estratégia, inovação e experiência do cliente do Santander México.
“Esses números são surpreendentes e, como qualquer empresa que busca alcançar nossos clientes da melhor maneira, no melhor momento, isso nos dá algumas oportunidades muito boas”, acrescentou.
A executiva também destacou que experimentou estratégias de gamificação em suas plataformas e com uma ferramenta digital de educação financeira, relatando resultados positivos em suas estratégias de experiência do usuário.
No entanto, o estudo destaca que esse ainda é um mercado incipiente e percebido pelas instituições como não tradicional, embora ela preveja que os investimentos de capital de risco para empreendedores e desenvolvedores locais aumentarão no médio prazo. Como um ecossistema que depende de compras online, ele também exigirá mais emissão de cartões e infraestrutura de pagamentos digitais.
“E, do ponto de vista do banco, não vemos nenhum risco adicional nesse setor […] ele não tem indicadores de fraude, chargeback ou experiência piores do que qualquer outro segmento”, acrescentou Cruz em resposta à iupana.