Hoje (14/3), a n1u, uma carteira na Argentina especializada no segmento gamer e Geração Z, deixa de operar. Seu fechamento permite que seus fundadores se aventurem em um negócio B2B, onde eles afirmam que ainda há espaço para a concorrência.
Lançada em abril de 2023, a n1u tinha uma visão de negócios voltada para os usuários finais. No entanto, embora esperassem atingir 600.000 clientes até o fim de 2024, a verdade é que, no desenvolvimento da fintech, identificaram oportunidades de negócios com melhor potencial.
“Fazíamos depósitos, emissão de cartões e pagamentos. Basicamente, estávamos competindo com outras fintechs e bancos. Dissemos: ‘talvez a maior oportunidade seja simplificar esses serviços. Nós gamificamos as finanças e, a partir dessa gamificação, podemos gerar alianças com terceiros e fortalecer mais com os bancos’”, diz Alberto Czernikowski, cofundador da n1u.
A marca e os ativos foram transferidos para um banco argentino — um dos maiores do país —, em um acordo que deixou o caminho aberto para os fundadores tentarem um novo projeto em outro segmento de mercado. Czernikowski não confirmou o nome do banco ou se foi uma aquisição.
Agora, os três cofundadores lançaram a UIN, uma plataforma de tecnologia para bancos e fintechs.
“Não queremos dar a impressão de que isso é B2C. Estamos aqui para complementar o trabalho com nossos novos parceiros, que agora são os bancos. Não estamos aqui para competir com eles, como fazíamos anteriormente”, enfatiza Czernikowski.
O cofundador diz que na Argentina não há espaço para carteiras gerais, já que players como Mercado Pago ou Ualá surgiram com milhões de dólares investidos. Se uma carteira for ao mercado e fizer promoções ou cashback, ela ganhará usuários, mas não o uso contínuo, diz ele.
“Se você optar apenas por um modelo como esse, você adquirirá, mas esse poliamor, essa múltipla escolha de carteiras para promoções, para cashback, significará que você não conseguirá reter ou ter um alto nível de usuários ativos”, diz Czernikowski.