A fintech argentina Ualá lançou um novo PoS (point of sale) no México nesta semana, reforçando seu compromisso com o negócio de adquirência. No entanto, a empresa reconhece que o verdadeiro desafio não é apenas competir, mas também explicar aos comerciantes os benefícios dos pagamentos digitais.
O México conta com um mercado com adquirentes não-bancárias — como a Clip e a Kushki — e adquirentes bancárias — como a Openpay (BBVA) e a Getnet (Santander) —, sendo que 90% dos 5,5 milhões de comerciantes ainda usam o dinheiro em espécie como principal método de pagamento, segundo um estudo da Ualá. E, para atendê-los, há uma necessidade urgente de entender suas preocupações.
“Acho que o maior desafio tem sido explicar rapidamente o benefício do desembolso imediato e das taxas mais baixas, sem distrair ou tirar o tempo do empresário, cujo objetivo é vender”, responde à iupana Maia Eliscovich, diretora-comercial da Ualá Bis.
A fintech quer atrair os comerciantes com uma oferta de taxa de pagamento de 2,99% e liquidações imediatas em qualquer conta de poupança bancária, algo que a diferencia de outros participantes. Além disso, seu novo ponto de venda (PDV) inclui conectividade com a Internet.
“Estamos muito tranquilos porque, uma vez que [o comerciante] ouve, ele entende rapidamente que é uma oferta muito competitiva e que é boa para seus negócios”, diz Eliscovich.
A Ualá opera no México como um banco, portanto, o lançamento de seu novo PDV no país atende à visão de seu CEO, Pierpaolo Barbieri, de atingir 10 milhões de usuários e consolidar o país como um mercado ainda mais relevante do que sua terra natal, a Argentina.
É uma visão semelhante à do Nubank, já que ambas as empresas concordam que o México tem condições favoráveis para um crescimento agressivo. Mas a Ualá não quer se contentar apenas com esse mercado e, por isso, está considerando entrar em mais países latino-americanos no futuro.