Em colaboração com Mitzy González.
Após um longo período de preparação, o Santander apresentou seu banco digital Openbank no México nesta semana, com a intenção de se tornar uma das opções preferidas dos usuários. Em um mercado com grandes participantes e alta concorrência, o CEO da plataforma, Matías Núñez, disse que o maior desafio será alcançar os clientes em potencial. Para atraí-los, eles começarão com uma oferta que consiste em uma conta com 10% de rendimento anual e cartões de débito e crédito.
Em evento, o grupo espanhol também anunciou um investimento de US$ 2 bilhões em sua operação mexicana ao longo de três anos, que incluirá melhorias na infraestrutura tecnológica do banco, outras iniciativas como a adquirente GetNet e o lançamento e a expansão do Openbank.
“Um dos principais desafios é conseguir comunicar a proposta e chegar a todo o México o mais rápido possível”, disse Núñez, em resposta à iupana. “Temos que incentivar os mexicanos a receber um estímulo para economizar dinheiro e, então, poder avançar em direção a um mundo de proteção. E isso, é claro, podemos ajudá-los com empréstimos ao consumidor para as necessidades básicas que eles têm, com pagamentos digitais e tudo o mais”, acrescentou.
A plataforma tem como objetivo se diferenciar de seus concorrentes oferecendo uma ampla gama de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que conta com o status legal de um banco, em um momento em que os principais concorrentes — como o Mercado Pago e o Nubank — estão na fila para obter suas licenças bancárias.
Por sua vez, a presidente-executiva do Grupo Santander, Ana Botín, disse que espera resultados positivos da plataforma e do desempenho geral da operação mexicana, apesar da incerteza vivida pelo principal parceiro comercial dos Estados Unidos.
Após se reunir com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, a executiva disse que o país tem potencial para compensar o menor crescimento econômico que se espera, caso a ameaça do governo de Donald Trump de aumentar as tarifas comerciais sobre as exportações mexicanas se torne realidade.
“No ambiente das Américas, a América do Norte é onde estamos investindo mais, tanto no México quanto nos Estados Unidos. Em todos os países há incertezas, todos nós seremos afetados pela questão das tarifas. O mundo vai crescer menos, mas, dentro desse panorama, o México parece melhor”, disse Botín.