A integração da Davivienda com o Scotiabank na Colômbia, Panamá e Costa Rica permitirá que o banco colombiano adquira novos clientes com objetivo de mantê-los com uma oferta digital mais robusta, o que para a entidade se traduzirá em maior rentabilidade em um contexto de baixos lucros.
A iupana conversou com a área de pesquisa de mercado de um dos principais concorrentes do Davivienda na Colômbia e reuniu sua avaliação do impacto da transação.
“Um dos argumentos do Davivienda é que os clientes do Scotiabank poderão acessar a oferta de valor do banco digital, que é muito avançada e na qual eles vêm trabalhando há mais de uma década em seu banco digital. Os clientes do Scotiabank não tinham essa oferta”, dizem os especialistas, que pediram para não revelar seus nomes, referindo-se ao dinamismo da Daviplata.
O campo das finanças digitais está se tornando cada vez mais competitivo na Colômbia, com propostas bancárias como a do Bancolombia com Nequi ou Wenia, o Grupo Aval com a carteira dale! e o Grupo Gilinski com Lulo Bank. Fintechs estrangeiras, como Nubank, Ualá, Stori e alternativas locais, como Movii e TPaga, também se juntaram a elas.
Da mesma forma, os especialistas alertam que o grupo Davivienda apresentou resultados financeiros adversos durante 2023 e a primeira parte de 2024, mas que suas operações na América Central foram os amortecedores, de modo que a adição da unidade do Scotiabank no Panamá e na Costa Rica se soma ao grupo colombiano.
“Isso acaba sendo uma aquisição que agrega valor”, concluem os pesquisadores.