Claro Pay, Tigo Money, Bipay e Movistar Money são soluções financeiras cuja controladora é uma empresa de telecomunicações (telco). Nesta semana, ocorreu uma iniciativa inversa: o banco digital regional Nubank entrou no campo das telecomunicações ao apresentar o NuCel.
Seguindo uma estratégia de superapps, como WeChat ou AliPay, o Nubank quer concentrar a demanda dos usuários em diversos setores, o que gera permanência na plataforma e consolida a fidelidade à marca.
“O mercado de telecomunicações na região está saturado de concorrentes bem estabelecidos. O diferencial do Nubank seria o fato de poder oferecer o valor agregado da integração com produtos financeiros”, afirma à iupana Carlos Romero, analista especializado em fintech.
“É provável que mais fintechs explorem o setor de telecomunicações na América Latina, especialmente, no Brasil e no México, onde as fintechs têm grandes bases de clientes, capital e um alto grau de confiança”, avança o especialista.
O NuCel irá operar progressivamente no Brasil e foi criado sob o modelo de operadora móvel virtual (MVNO), um esquema específico para o país. A empresa garante que o serviço tem capacidade de transformar o setor de telecomunicações com planos flexíveis e promovendo crossover com seus produtos financeiros.
Este ano, a Revolut também entrou no território das telecomunicações com o lançamento do seu eSIM, destinado a usuários globais, para evitar atritos ao mudar de rede telefônica.
“Não há nada mais seguro do que confiar seu dinheiro a outra pessoa. Se você tem confiança para dar seu dinheiro a ele, por que não deixar que ele também lhe forneça serviço de telefonia móvel?”, conclui Rizo.