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O que esperar do app Wenia, do Bancolombia? Cartão criptográfico e expansão de moeda própria

out 7, 2024

Por Antony Pinedo

Após participar do sandbox regulatório de criptomoedas, o Bancolombia utiliza as lições aprendidas em Wenia e seu par stablecoin com o peso colombiano

 

A aposta do Grupo Bancolombia em criptomoedas avança com dois lançamentos: um cartão do Wenia, seu aplicativo de ativos virtuais, e a oferta de sua moeda estável atrelada ao peso colombiano (COPW) para outras exchanges.

Os grupos financeiros tradicionais na Colômbia estão aumentando a sua abordagem aos produtos de criptomoeda, embora o país mal tenha projetos preliminares sobre a regulamentação destes ativos.

Nessa linha, o Wenia, o braço de criptografia, lançado em maio, contava com 10 mil usuários cadastrados em setembro, dos quais 30% são novos clientes do grupo. Eles ressaltam que querem eliminar a ideia de que as criptomoedas servem apenas para investimento e que podem estar envolvidas no dia a dia.

“Esperamos que [em meados de novembro] possamos oferecer aos clientes a experiência de uso de seus ativos digitais por meio de algo que chamaremos de Cartão Wenia”, disse Juan Pablo Ramírez, líder de produto e negócios da exchange, à iupana.

Além disso, a plataforma emite e custodia o COPW, token estável vinculado ao peso colombiano e registrado na rede Polygon em parceria com empresas como Chainlink e Harris & Trotter. Ao entrar no aplicativo, a primeira oferta é para a compra de COPW, que pode então ser trocada por bitcoin, ether, sol, pol e USDC, este último uma stablecoin atrelada ao dólar norte-americano.

No primeiro semestre de 2025, esperam poder transferir esta oferta para outras exchanges, em um sinal do interesse dos bancos e fintechs em capitalizar as propriedades do dinheiro virtual e do blockchain para agregar novos serviços, e com isso, novos públicos com interesses de investimento e compras com moeda estrangeira, sem cobranças elevadas.

Nessa linha, Lulo X, do Grupo Gilinski, também está usando o USDC para incentivar a economia de dólares para seus usuários digitais.

No entanto, a estratégia do Grupo Bancolombia também inclui o fortalecimento do COPW para torná-lo atraente para outras bolsas globais e regionais, como Binance ou Bitso.

Ramírez destaca que 85% dos clientes convertem a criptomoeda estável em outro ativo digital e que em momentos de alta volatilidade voltam ao peso digital, para proteger seu investimento ou compra inicial.

“No primeiro semestre do ano que vem, já deverá estar no ar. Estamos trabalhando nessa plataforma de conexão business to business (B2B), que permitirá que outros atores institucionais, como outras bolsas, provedores de liquidez, formadores de mercado e atores de confiança […] tenham essa posição e a entreguem aos seus clientes”, ele detalha.

 

Lições do sandbox de criptografia na Colômbia

Em meados deste ano, encerrou-se LaArenera cripto da Superintendência Financeira da Colômbia, um piloto onde foi avaliado o comportamento dos usuários em operações de cash in e cash out de ativos virtuais de contas de entidades reguladas associadas a exchanges.

O Bancolombia participou de uma aliança com a plataforma americana Gemini. Uma das lições aprendidas, afirma o executivo, é a importância da regulação e da segurança para os clientes. Na ausência de um quadro jurídico claro, Wenia estabeleceu-se nas Bermudas; uma fórmula comum entre plataformas deste tipo na América Latina.

“Diante daquela zona cinzenta da Colômbia, tivemos que entender o que era melhor na forma como deveríamos nos comunicar com os clientes e a responsabilidade que tínhamos na ausência das regras”, revela o executivo.

“É um negócio que o Bancolombia, naturalmente, não poderia desenvolver. Por isso, desenvolvemos a estratégia que vivemos hoje como Wenia, com aprendizados que se tornam tangíveis em um produto e serviço que herda todos aqueles componentes que vivemos por quase três anos na sandbox”. Ele acrescenta que o conglomerado pesquisa blockchain desde 2015.

Atualmente, o modelo de receita do Wenia é baseado nas comissões que um cliente paga ao converter e vender criptomoedas na plataforma. Nos próximos meses, com a emissão de cartões e ampliação do COPW, esperam ampliar os canais de monetização. Além disso, eles querem reduzir custos tornando o COPW uma criptomoeda estável em várias cadeias. Agora é apenas no Polygon.

“Nossa intenção é que seja multichain, para que possa viver não só no Polygon, mas também em Solana, Avalanche, Arbitrum; em diferentes redes, onde o cliente precisar”, conclui Ramírez.

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