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Remessas cripto crescem: Bitso processa até 10% dos fluxos dos EUA

ago 23, 2024

Por Eyanir Chinea

Apontamos que o interesse por criptomoedas foi revitalizado, pelo menos até agora, em 2024. A Bitso revela um crescimento nas remessas de criptomoedas dos Estados Unidos para o México e um aumento no número de usuários na carteira.

 

As empresas de remessas no México utilizam cada vez mais criptomoedas para movimentar fluxos provenientes dos Estados Unidos, no corredor de pagamentos mais ativo da região, segundo dados da fintech multilatina Bitso, que processou até 10% dos saldos recebidos mensalmente.

O aumento no uso de tokens nas remessas está em linha com o crescimento da demanda no mercado varejista, onde a exchange reportou, nesta semana, um aumento semestral de usuários de 15% na comparação anual no México e 18% no demais países onde possui operações: Colômbia, Argentina e Brasil. Em todos eles, o bitcoin continua sendo o ativo preferencial para compra e, em média, representa metade do saldo das carteiras.

Eventos como o lançamento de fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin e o halving do bitcoin favoreceram o preço da criptomoeda mais famosa e reavivaram o apetite dos investidores. Do lado institucional, mais empresas financeiras estão testando soluções cripto para tentar reduzir os custos operacionais, evitar a volatilidade cambial e satisfazer as exigências de velocidade dos seus utilizadores.

Felipe Vallejo, gerente-geral da exchange no México, detalha que seus clientes corporativos são empresas que utilizam a infraestrutura da Bitso para movimentar remessas com stablecoins e outras criptomoedas em transações de minutos. Neste contexto, em abril, a empresa registrou um máximo de processamento de 10% do total dos fluxos entrantes, no mesmo mês em que o México teve um recorde de remessas de US$ 5,422 bilhões de dólares.

“Quando um dólar é enviado dos Estados Unidos para o México, esse dólar não chega. As empresas têm um fluxo de pesos no México, que é com que pagam, e esse dólar chega dois dias depois. Mas isso tem um custo de capital que é muito alto em dias normais, mas nos finais de semana é ainda maior ter dólares e pesos flutuando”, explicou o gerente, durante a apresentação à imprensa sobra o panorama da indústria de cripto na América Latina no segundo semestre de 2024.

Segundo o Banco Mundial, o custo do envio de US$ 200 para a região está próximo de 5,9%.

Esses recursos estão motivando bancos e corretoras a explorar serviços cripto. No entanto, a regulamentação está determinando o desenvolvimento, com o Brasil (que possui uma lei cripto) liderando o caminho na região.

“No México existe um limbo que deve ser esclarecido. Existem também corretoras tentando lançar um produto. E, na Argentina, por exemplo, há clareza para algumas coisas, mas não para outras. O apetite existe, mas está absolutamente relacionado à regulação”, conclui Vallejo.

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