O fundo de investimento corporativo da Credicorp, Krealo, acompanha de perto as fintechs que participam de esquemas de finanças embutidas, pois acredita que existe um terreno fértil nessas associações entre indústrias.
“Não investimos apenas em verticais tradicionais, como pagamentos ou créditos, mas em modelos que são facilitadores de fintech no mundo dos serviços financeiros”, explica Eduardo Peláez, diretor da Krealo, à iupana após participar do Peru Fintech Fórum 2024.
Em junho, a empresa investiu na fintech chilena Shinkansen, especializada em pagamentos B2B. Recentemente, também colocou capital na fintech mexicana Aviva, que utiliza um modelo de pequenas agências físicas e processamento de crédito digital para conceder empréstimos aos setores informais.
A Krealo planeja fazer mais dois investimentos até o fim do ano, juntando ao seu portfólio a tyba, uma consultora de investimentos digitais; a Finerio Connect, uma empresa de gestão de dados, e a carteira digital chilena Tenpo. No entanto, também encerrará as operações da Samishop, startup que cria lojas virtuais, em setembro, após não conseguir encontrar um modelo de negócio sustentável.
Peláez diz que soluções integradas de empréstimos ou seguros, juntamente com plataformas de consumo, estão no seu radar, porque são compatíveis com oportunidades de crédito. “Aí vemos uma oportunidade imensa, porque pode ser muito verticalizado. Logística, construção, mineração. Existem muitas oportunidades na cadeia de valor do ecossistema que se integram a uma oferta de crédito. Esse é um dos ângulos que estamos olhando”, afirma.