O regulador de transporte urbano de Lima abriu espaço para que fintechs e instituições especializadas em pagamentos participem como operadoras de venda e recarga de cartões de mobilidade do sistema que atende milhões de pessoas na cidade.
A Autoridade de Transportes Urbanos de Lima e Callao (ATU) publicou, nesta semana, o regulamento do sistema de cobrança, mais uma etapa no processo de digitalização de pagamentos no transporte coletivo, que inclui a criação de um cartão interoperável (TIT) e a ampliação de participantes para fazer recargas digitais e físicas.
“Pode ser uma fintech, pode ser uma empresa ou uma pessoa física com CNPJ que diga: ‘vou fazer minha papelada para poder comercializar e oferecer pontos de recarga, sejam físicos ou virtuais para o cartão ATU’”, explica à iupana Alonso Valentín, porta-voz da organização que pertence ao Ministério dos Transportes e Comunicações.
As margens de comissão ainda não foram publicadas, mas já foram estruturadas e farão parte de documentos posteriores, afirma Valentín. Espera-se que o TIT possa ser adicionado às carteiras digitais, não sendo excluídos outros meios de pagamento como cartões ou códigos QR para recarga.
“A norma e o modelo de negócio proporcionam os incentivos, as sinergias necessárias para que isso possa ser levado aos utilizadores e também signifique negócios para o setor privado”, acrescenta o responsável.
Os pagamentos nos transportes públicos são um ponto crítico para promover a digitalização em massa. Por exemplo, no México e no Chile, o Mercado Pago se colocou no centro dos pagamentos de transporte público, buscando utilização e fidelização de clientes.
“Esperamos que até o fim do próximo ano o cartão ATU esteja funcional, seja uma realidade e possa ser utilizado em diferentes modos de transporte e recarregado através de diferentes canais”, conclui o porta-voz.