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Ex-Clara lança fintech e mira microcrédito de nicho

jun 21, 2024

Por Antony Pinedo

Falamos sobre a estratégia de nicho da Ximple no México para gerar negócios através de microcréditos.

 

Nesta semana, a fintech Ximple, do México, levantou uma rodada pré-semente de US$ 2,7 milhões com a proposta de entregar créditos a vendedores por catálogo (revendedores), uma estratégia de nicho que visa a atingir setores mal-atendidos pelo sistema financeiro.

Ximple faz parte de uma pequena tendência crescente na América Latina, na qual fintechs como BroxelWipay ou FinZi estão se especializando em atender setores como vendedores têxteis, afrodescendentes e LGBTIQ+, respectivamente, para aproveitar as oportunidades de atender esses grupos com produtos de crédito.

Fundos como Boost Capital, Clocktower, Graph Ventures, entre outros, participaram da rodada de investimentos.

“[Os vendedores por catálogo] são pessoas que fazem grande parte de seus negócios em dinheiro e não estão cadastrados em sistemas que os bancos possam digerir. Estamos fazendo parceria com os vendedores para distribuir créditos aos seus clientes finais”, afirma Rodrigo Aparicio, cofundador e CFO de Ximple — Aparicio ocupava o mesmo cargo na unicórnio mexicana Clara.

O executivo destaca que, na América Latina, existem cerca de 20 milhões de vendedores por catálogos de diversos setores, em um esquema de pequenos distribuidores e comerciantes. A Ximple identifica distribuidores para desembolsar empréstimos entre US$ 500 e US$ 2.500 dólares em capital de giro ou para entregar microcréditos à sua rede de comerciantes, com prazos de até seis semanas.

“A margem da transação é definida pelos distribuidores, não a definimos diretamente”, esclarece Aparicio. “O que fazemos é também dotá-los de muitas ferramentas digitais para que possam gerir melhor o seu negócio de crédito, para que saibam quem lhes deve, quanto lhes devem e quanto têm de lhes pagar”, continua.

A Ximple, que iniciou suas operações em janeiro, pretende fechar o ano com 3 mil distribuidores no México e com mais de US$ 1,5 milhão desembolsados.

“Sabemos que é um negócio de gestão de riscos, mas temos confiança e estamos desenvolvendo os modelos para que, obviamente, no final, o negócio seja positivo”, finaliza Aparicio.

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