Stori e Ualá renovaram sua estratégia de oferecer rendimentos anuais de 15% sobre os depósitos no México, segundo comunicados de ambas as empresas divulgados nesta semana. O país está envolvido em uma intensa competição de ofertas de juros para atrair a poupança dos mexicanos, uma estratégia que se ajusta à taxa referencial imposta pelo Banco Central (Banxico) e às avaliações internas dos custos das próprias empresas.
“Conseguir proporcionar retorno na captação de depósitos também depende muito de como o negócio está estruturado, principalmente, o negócio de crédito”, diz Sergio Dueñas, gerente-geral de depósitos da Stori, à iupana, acrescentando que sua carteira tem um índice de inadimplência menor do que dois dígitos e que a infraestrutura digital lhes permite ter margens mais amplas.
“Vamos manter esse ritmo e buscamos mantê-lo pelo maior tempo possível. Ainda não definimos quanto tempo, porque, no final das contas, as circunstâncias macroeconômicas tendem a mudar”, continua.
Em março, o Banxico baixou a taxa de referência em 25 pontos porcentuais e o mercado reagiu com alguns ajustes. O Nubank, por exemplo, diminuiu sua oferta de rendimento de 15% para 14,75%
Dueñas, da Stori, antecipa que “muitos novos produtos serão adicionados à oferta de cartões de crédito e poupança em um espaço de tempo muito curto”, embora não tenha dado mais detalhes. A empresa tem três milhões de usuários. Por enquanto, Stori não busca licença bancária, mas está sempre avaliando, acrescenta.
Por sua vez, Ualá México continua na competição e manterá a alíquota em 15%. Seu fundador, o argentino Pierpaolo Barbieri, visitou Lima na semana passada. Seria o Peru um dos dois países onde pensam em expandir, como nos adiantou em março?