A fintech mexicana de serviços para PME Konfío iniciou a sua transformação em banco digital, em um esforço para fortalecer a sua imagem institucional e agregar produtos ao portfólio. O processo está previsto para levar vários meses para ser concluído. A empresa disse que buscar uma licença bancária é uma evolução natural de seus negócios. No entanto, o plano exigirá tempo, respeito à autoridade e integridade dos seus processos internos.
“É preciso ter muito respeito pela figura do banco. Lidar com o dinheiro das pessoas é algo que requer um nível de consistência, integridade e controles elevados. E isso leva tempo de ambos os lados: o nosso e o do regulador. São processos que aqui e no mundo levam tempo”, explica Leticia Robles, vice-presidente de assuntos corporativos da Konfío, à iupana.
No último ano, o México viu aumentar o compromisso bancário, reflexo das limitações apresentadas pela licença de carteira eletrónica utilizada pelas fintechs e dado o potencial do mercado, que ainda possui grandes setores mal atendidos e com grandes oportunidades de digitalização.
E, particularmente no setor das pequenas empresas, esta necessidade é mais latente, destaca Robles. A Konfío atua em terras astecas há 10 anos com oferta de soluções de crédito, cartões de visita e terminais de vendas para PMEs.
“As conversas com nossos clientes nos fizeram chegar à conclusão de que é preciso complementar os produtos da Konfío e não ficar apenas no crédito e nos pagamentos”, afirma a executiva. “Mas, sim, ter um conjunto de produtos que atenda a todas as suas necessidades de tesouraria e depósitos, tendo tudo na mesma aplicação para torná-los mais produtivos”, continua Robles.
A lista de bancos mexicanos continua crescendo; recentemente, houve a adição do Revolut. Também, através do aumento de players tradicionais que têm apresentado extensões das suas marcas no universo virtual, como forma de capitalizar o aumento da procura por serviços digitais.