Trazemos para você o resumo das notícias mais notáveis da semana sobre fintech, bancos digitais e pagamentos.
Leia nossa nota principal aqui: A oportunidade de criar inclusão de crédito para mulheres
#JogadasEstratégicas📊
Com foco no México, Ualá busca rentabilidade e IPO
O unicórnio argentino Ualá está perto de atingir a rentabilidade, anunciou o seu CEO, Pierpaolo Barbieri, acrescentando que o neobanco irá alocar o maior foco dos seus esforços na operação mexicana (a que mais cresce), com o objetivo de alcançar o ponto de equilíbrio e aí aproximar-se do seu plano de médio prazo: tornar-se público nos mercados internacionais.
“Temos capital”, disse Barbieri em reunião com a imprensa no CDMX, questionado sobre uma futura rodada de capital de risco. “Não queremos nos distrair do crescimento no México com uma rodada […] E nosso objetivo final é fazer um IPO (oferta inicial de ações) nos próximos cinco anos e estamos trabalhando nisso. Também não creio que estes sejam os dias em que se possa fazer um IPO sem ser rentável, mas não estamos longe”, explicou.
O banco digital está cadastrando cerca de 150 mil usuários por mês no México, disse ele, o que lhes permite projetar o ponto de equilíbrio no fim de 2025. Acrescentou ainda que estão preparando lançamentos para os próximos nove meses, aproveitando a licença bancária que obtiveram no ano passado, o que lhes permitiu entrar na corrida por rendimentos ao lado de outros players digitais, como Nubank e Stori e que recentemente suscitou críticas dos bancos.
Ualá, membro da Associação Bancária Mexicana (ABM), rejeitou as preocupações dos seus pares tradicionais. O CEO alegou que os credores, apesar de terem negócios altamente lucrativos, oferecem contas sem fins lucrativos aos seus clientes, citando elevados custos operacionais. “Temos custos 90% inferiores, mas com a mesma licença e oferta crescente”.
Por fim, Barbieri destacou que estão explorando dois novos países para expansão, sem especificar detalhes.
Tenpo Chile fecha produto corporativo, diz que não estava à altura
A fintech chilena da Credicorp, Tenpo, suspenderá sua conta comercial Tenpo Business a partir de 25 de abril. “Nosso compromisso é alcançar a melhor experiência possível para nossos clientes, o que significa – no mínimo – corresponder às suas expectativas. Neste negócio específico da Tenpo Bussines, acreditamos que não estávamos à altura da tarefa, por isso, devemos ser corajosos e consistentes”, afirmou a empresa por escrito à iupana. Acrescentou que retornarão a esse ramo de negócios quando melhorarem sua proposta.
Além do mais…
- No México, Prometeo permite pagamentos conta a conta para que as empresas recebam pagamentos em tempo real, sem intermediários.
- Na Colômbia, a startup de tecnologia blockchain Andro foi adquirida pela Infinity Capital, dos Emirados Árabes Unidos.
- Na Argentina, a fintech mexicana B2B Mendel adicionou a Pomelo como parceira tecnológica para lançar um cartão de crédito corporativo.
- A Nuam Exchange, que unificará os mercados de capitais do Chile, Peru e Colômbia, selou uma aliança com a fintech sueca Vermiculus Financial Technology para implementar um novo núcleo tecnológico. A gestão regional unificada os mercados assumirá as rédeas a partir de 31 de março.
#ResultadosFinanceiros💲
Creditas segue caminho rumo ao breakeven
A fintech brasileira Creditas está se aproximando do ponto de equilíbrio. Durante o último trimestre de 2023, registrou prejuízo líquido de US$ 11,5 milhões, mostrando uma recuperação de seus números vermelhos de 30,4% em relação ao trimestre anterior e 72% ano a ano. As receitas das fintechs no 4T aumentaram 9,1% ano a ano, atingindo US$ 96 milhões, levando-a a assumir uma posição otimista, apesar da empresa reconhecer que, durante 2023, foi muito conservadora no crescimento de sua carteira de crédito.
#Regulamentação👩🏻⚖️
Exclusivo – Guatemala aprovará Lei do Dinheiro Eletrônico em 2024
A Guatemala aprovará a Lei do Dinheiro Eletrônico este ano como um passo para flexibilizar o acesso das fintechs ao sistema de pagamentos. Segundo o presidente do Banco Central, em entrevista à iupanaPRO, o projeto será apresentado ao Congresso nas próximas semanas.
Banco Central do Brasil publica lista de prioridades
O regulador traçou as suas prioridades para 2024, incluindo desde a supervisão de ativos virtuais e a estruturação de open finance à regulação do BaaS e ao estudo da inteligência artificial (IA).
Conheça os detalhes desta novidade em iupanaPRO, espaço onde você encontrará análises detalhadas sobre a regulamentação de bancos digitais, fintech e pagamentos na América Latina. Mantenha-se informado com nosso conteúdo exclusivo para membros PRO.
#Investimento💰
Yuno, da Colômbia, levanta US$ 25 milhões
A fintech colombiana Yuno, dedicada a soluções de pagamentos, captou um investimento de US$ 25 milhões em uma rodada série A, com participação de investidores como DST Global Partners, Tiger Global, Kaszek Ventures e Monashees. O capital será utilizado para expandir a empresa para Europa, Ásia e África, além de fortalecer sua infraestrutura tecnológica.
Além do mais…
- Na Colômbia, a fintech Juancho Te Presta está com rodada pré-série A aberta por US$ 2 milhões.
#Pessoas🫂
Openbank México já tem um CEO
O Santander nomeou Matías Núñez Castro como CEO do Openbank México. Com mais de 25 anos no grupo, ele liderará a expansão do banco digital, que concorre com players como Bineo, Now, Billú e Hey Banco. A plataforma obteve licença bancária em julho de 2023 e planeja ser lançada no México este ano.
Kapital nomeia novo country manager na Colômbia
A fintech mexicana Kapital nomeou seu cofundador Eder Echeverría como o novo country manager para a Colômbia. O executivo destacou que vão focar na inovação para produtos financeiros personalizados.
#iupanaExclusive 🔥
Como está o Rappi em sua incursão financeira? Trazemos a história completa: desde o compromisso, em 2019, em estabelecer alianças com entidades tradicionais até a mudança de estratégia no Brasil, onde solicitaram licença financeira.
- No México, a RappiCard desacelerou no volume de colocação, enquanto o produto de poupança foi encerrado.
- Na Colômbia e no Chile, a aposta é mais esperançosa, embora o controle da inadimplência continue a ser o principal desafio.
- No Peru, o acordo Rappi e Interbank chegou ao fim, porque os resultados esperados não foram alcançados.
Qual o saldo da participação do Rappi no setor financeiro? Leia todos os detalhes em nossa reportagem especial de iupanaExclusive desta semana.
#Disruptoras 🚺🌷
E, finalmente, neste Dia Internacional da Mulher, voltamos à nossa comunidade de mulheres inovadoras no setor bancário e fintech para perguntar-lhes quais mudanças esperam ver no ecossistema financeiro da América Latina? Embora reconheçamos que a brecha de inclusão está diminuindo, sabemos que ainda há muito a fazer para um futuro sem distinções.
Aqui, compilamos algumas reflexões das principais gestoras do setor, todas vencedoras do nosso reconhecimento Las Disruptoras em anos anteriores:
“Nos próximos anos, adoraria ver uma oferta de produtos para mulheres, já que as mulheres latinas são invisíveis ao sistema. Isso se traduz em uma limitação para melhorar sua vida e a de sua família. Hoje, mais do que nunca, temos que criar produtos de gênero, não só porque é INCLUSIVO, mas porque é RENTÁVEL.”
Beatriz Durán
Chief Strategy Officer do habilitador de open finance Sincfy no México
“O financiamento digital pode capacitar as mulheres, fornecendo-lhes ferramentas para gerir as suas próprias finanças, investir e aceder ao crédito. Isto pode ter um impacto positivo na igualdade de gênero e na autonomia econômica das mulheres.”
Angelica Arana
Chief Technical Officer da paytech Sistema de Transferência e Pagamento (STP) no México
“A confiança; este será um atributo que teremos que continuar gerindo e que continuará a nos ocupar com base na segurança, na certeza transacional e no precioso cuidado dos usuários no seu dia a dia.”
María del Pilar Correa
Líder de estratégia de negócios da Nequi na Colômbia