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Febre das aquisições retorna ao México: Klar e Stori detalham seus planos

set 18, 2023

Por Antony Pinedo

Fintechs contam que aumentarão sua oferta após adquirirem empresas financeiras populares (Sofipo). Além disso, destacamos vantagens e desafios desse tipo de licença que vem ganhando atenção

 

As fintechs mexicanas Klar e Stori ampliarão seu ecossistema de serviços após concluir recentemente a compra de novas licenças, movimento que reativa aquisições no mercado de tecnologia financeira — e que, se estima, continue ganhando espaço.

As duas empresas concordam que a aquisição de empresas enquadradas como sofipo (sociedades financeiras populares) lhes proporcionará vantagens em termos de regulamentação e escala. Estas licenças permitem-lhes oferecer uma gama mais ampla de produtos, de forma mais económica e fácil do que a obtenção de uma garantia bancária. Contudo, o desafio será alinhar os modelos de negócio com os requisitos oficiais para promover a inclusão financeira, criando ao mesmo tempo vantagens competitivas.

As Sofipo são entidades financeiras regulamentadas no México desde 2001 e tem como objetivo expandir o acesso ao sistema a mais setores sociais por meio de poupanças e créditos. É também uma figura que tem recebido atenção como veículo regulamentado para fintechs.

“Atualmente, existe um grande apetite no mercado por Sofipos”, disse Salomón Woldenberg, gerente de políticas públicas da Stori, à iupana.

“No entanto, o que nos move é um pouco diferente. Quando começamos a ver como ampliar nossa oferta de produtos, ficou muito claro para nós que a sofipo nasceu para prestar serviços a populações historicamente excluídas, o que corresponde totalmente ao nosso DNA”, acrescenta.

A Stori, especializada na emissão de cartões de crédito e que conta com mais de 2 milhões de clientes, comprou a sofipo MasCaja. A operação foi aprovada pelo regulador há duas semanas. “Depois de quase dois anos operando no país, o que entendemos e aprendemos com nossos modelos de inteligência artificial (IA) e big data é que podemos tratar melhor nossos clientes graças à expansão com determinados produtos”, acrescenta Woldenberg.

Por sua vez, Klar comprou em abril o Sefia, um software que fortalece a licença como instituição de fundos de pagamentos eletrônicos que já possuía.

“Para nós, [a aquisição] serviu para cultivar o ecossistema Klar e oferecer um portfólio de produtos mais amplo e que nos permitiria ser o principal relacionamento do usuário”, responde Stefan Moller, CEO e fundador da fintech que tem mais de 1 milhão de aprovados. cartões de crédito.

Uma das aquisições mais notáveis ​​foi a que a Nu México, subsidiária do Nubank, fez em 2021 ao adquirir a sofipo Akala por US$ 3 milhões. Contudo, o movimento de compras e fusões desacelerou desde então, em linha com a queda dos investimentos no setor.

Estes novos movimentos indicariam uma reativação do mercado, que, durante meses, esperou pelo desenvolvimento econômico. Uma fonte com conhecimento direto disse à iupana que pelo menos uma fintech internacional está estudando entrar no México usando a figura sofipo; embora ainda não tenha decidido processar a licença do zero ou comprar uma empresa existente. A fonte não pôde revelar detalhes, porque são confidenciais.

As neosofipos: modelos digitais destas instituições financeiras

 

Por que licença sofipo e não bancária?

Desde 2015, o regulador mexicano resolveu 16 pedidos de mudança de acionistas em sofipos, dos quais aprovou nove. Entre eles, as aquisições de fintechs como Nubank, Fondeadora, Klar e Stori, conforme noticiou o El Economista.

Na trajetória de evolução das fintechs, é possível identificar aquelas que buscam licenças sofipos e outras que optam por se tornarem bancos. Este último grupo tem entre os seus casos mais conhecidos o Covalto, antigo Credijusto, que comprou o banco Finterra em 2021. No mesmo ano, o unicórnio argentino Ualá adquiriu o banco ABC Capital.

“[A licença sofipo] é mais barata e rápida de processar do que a de um banco. E é uma etapa que você precisa depois de validar seu produto de cartão”, disse Andrés Carriedo, fundador e CEO da Design Banking, consultoria especializada no ecossistema financeiro mexicano, a este meio.

“Os prós são muito claros na regulamentação e na capacidade de escalar e produtos. O contra é que a CNBV (Comissão Nacional Bancária e de Valores Mobiliários) lhe pede uma finalidade social e que seja um instrumento de bancarização. Mas a maioria das fintechs encontrou uma maneira de explicar isso”, acrescenta.

Um caso particular é o caminho percorrido pela Broxel, sofipo que optou por ampliar seu ecossistema de produtos e serviços com o auxílio das licenças habilitadas pela Lei Fintech: Instituição Financeira de Pagamentos Eletrônicos (IFPE) e Instituição de Financiamento Coletivo (IFC).

A empresa garante que esta combinação de licenças permitiu-lhes ser flexíveis e construir uma oferta de valor para clientes B2B e B2C.

“A Broxel tornou-se uma plataforma flexível de soluções de pagamento para empresas e pessoas; e isso seria impensável sem a arquitetura correta dos veículos regulamentados”, detalha José Anton, gerente de comunicação da instituição.

A oferta da Broxel consiste em contas em pesos mexicanos e dólares nos Estados Unidos, devoluções de poupança, adiantamentos de folha de pagamento, cobrança de remessas e seguros disponíveis em seu aplicativo. Isto demonstra a criação de um amplo ecossistema iniciado a partir de uma sofipo.

“Muitas fintechs querem ser banco em algum momento, mas é muito caro. Isso consome sua margem de lucro por ser um banco. É por isso que sofipo é perfeito”, conclui Carriedo.

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