O neobanco, lançado esta semana, é baseado em um modelo banking as a service (BaaS) fornecido pela XP Investimentos (que comprou recentemente o Banco Modal), em um exemplo de como o modelo de open finance pode agilizar lançamentos digitais, inclusive, para empresas não-financeiras.
"A velocidade do modelo BaaS faz toda a diferença, já que não é necessário tirar todas as licenças nem fazer registros no Banco Central, um processo caro e demorado. Além disso, ter a infraestrutura da XP nos dá credibilidade e também acesso a produtos vendidos através de sua rede", disse à iupana Luiz Pereira, cofundador do StopClub, que oferece serviços como monitoramento online e registro de viagens para motoristas.
“A grande diferenciação é que, por meio de APIs, conseguimos oferecer em nosso app principal soluções financeiras, como, por exemplo, poder consultar saldo, cobrar PIX e ser notificado de entrada de recursos”, afirma o cofundador. Isto permite que o usuário trabalhe sem o app do banco no seu celular, o que dá mais segurança e tranquilidade, ao saber que não pode ter suas economias roubadas, acrescenta Pereira.
A empresa observa que os trabalhadores da gig economy, muitas vezes, não têm acesso a produtos como o crédito, por não terem uma relação contratual tradicional. Com essa integração, buscam fortalecer a proposta à sua comunidade, ao mesmo tempo em que geram novas fontes de renda.
O uso e a permanência no aplicativo também podem ser utilizados para avaliar o comportamento financeiro. Este produto é apoiado pela fintech Bankuish, um credor para trabalhadores colaborativos.
“Dividimos os ganhos e custos com o banco, é como um parceiro no negócio”, acrescenta Pereira. “O maior desafio é acelerar a receita para compensar custos [...], porque começa como uma operação deficitária”, explica o cofundador.