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Bancos centrais aceleram a criação de moedas digitais

jul 14, 2023

Por Ivis Aguilera

A emissão de moedas digitais emitidas por bancos centrais vem aumentando e será uma tendência global em 2030. A estimativa é que até lá, pelo menos, 24 bancos centrais coloquem em circulação as suas CBDCs, de acordo com o estudo realizado pelo Bank for International Settlements (BIS).

Para evitar que os pagamentos digitais sejam deixados para o setor descentralizado, os emissores estão trabalhando mais rapidamente em suas próprias moedas digitais (CBDCs, na sigla em inglês), revelou uma pesquisa do Bank for International Settlements (BIS) esta semana.

Estima-se que até 2030 pelo menos 24 bancos centrais coloquem em circulação as suas CBDCs, de acordo com o estudo realizado entre outubro e dezembro de 2022, e para o qual foram entrevistados 86 emitentes. O número de bancos centrais que trabalham de alguma forma com moedas digitais aumentou para 93%, com os maiores ganhos sendo obtidos em CBDCs para pagamentos de varejo, acrescentou a pesquisa.

No caso da América Latina, os tokens podem oferecer vantagens: "como reduzir custos na emissão e circulação de dinheiro, melhorar a inclusão financeira [...] e facilitar pagamentos internacionais mais rápidos e baratos", destacou à iupana Sebastian Camiser, consultor de negócios digitais na Argentina.

Da mesma forma, o especialista observa que, em um contexto de economia cada vez mais digital, as organizações devem atualizar seu papel como reguladores da estabilidade financeira. “Ao desenvolver suas próprias moedas digitais, os bancos centrais poderiam manter o controle sobre a política monetária e a estabilidade do sistema financeiro.”

Entre os casos que mostram maior avanço está o do Brasil, onde seu lançamento está previsto para o próximo ano, assim como o da Índia. O Banco Central Europeu iniciará seu programa piloto digital do euro com um possível lançamento em 2028.

No entanto, os desafios colocados no campo de jogo com esta nova tendência variam. Segundo Camiser, ainda estão por definir aspectos do desenho conceitual desses ativos virtuais relacionados à sua privacidade e segurança, grau de vulnerabilidade a ataques cibernéticos e como será abordada a regulamentação dos instrumentos.

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