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Na contramão: Indicadores de risco sobem nas fintechs de crédito

maio 12, 2023

Por Eyanir Chinea

As fintechs de crédito devem enfrentar mais desafios na região. Para crescer com rentabilidade, terão de cortar custos e reinventar seus ecossistemas. "Ser muito diligente é gerenciar riscos”, disse à iupana Mike Packer, sócio da QED Partners.

Os neobancos e as fintechs de crédito enfrentarão desafios maiores para crescer com rentabilidade, o que os obrigará a emprestar de seus próprios balanços, reduzir custos e reinventar seus ecossistemas em busca de produtos complementares, concordaram investidores e analistas.

O crédito é um tipo de negócio tradicionalmente exposto a ciclos econômicos, afetados por recessão e inflação, o que leva os clientes à inadimplência ou à restrição de compras. Isso, juntamente com a prolongada seca de capital, está pressionando os credores digitais. Ademais, os bancos têm aumentado seus investimentos em digitalização para enfrentar os concorrentes.

O braço de pesquisa de mercado do brasileiro Bradesco disse, em um relatório recente, que a unidade mexicana do Nubank estava prejudicando o desempenho geral do neobanco, mostrando sinais de “um começo desafiador”, após o lançamento de sua conta de poupança. Analisando os números da fintech, ele destacou que a concessão de crédito tem desacelerado, enquanto a inadimplência é quase quatro vezes maior que a média do mercado. Em fevereiro de 2023, a taxa de NPL (non-performing loans) era de 11,4%, quando a média dos produtos de crédito bancário no México é de 3%.

O Mercado Pago também disse, na semana passada, que, como estratégia de gestão de risco, estava desacelerando seus empréstimos, mesmo que isso tivesse um impacto geral em sua fintech.

“Negócios de crédito são construídos para resistir a ciclos […] Você não quer ser capaz de ganhar dinheiro apenas em tempos bons, mas precisa ter capacidade de ganhar dinheiro em tempos ruins. Ser muito diligente é gerenciar riscos”, disse à iupana Mike Packer, sócio da QED Partners, uma empresa de capital de risco que investiu em credores digitais como Konfio, Covalto, Cora ou Fairplay; e também numa fase inicial do Nubank.

“Na prática, isso, às vezes, significa gastar menos tempo procurando clientes e mais tempo tentando descobrir como receber o pagamento”, assinala.

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