*Em colaboração com Nicolás Cortés
A filial colombiana do Mercado Pago confirmou à iupana que não solicitará uma licença bancária no país, mas planeja fortalecer seu produto com novas modalidades de pagamento — como Bre-B — e outros serviços que já oferece em nível regional.
“Não [estamos buscando uma licença bancária]; com a licença que temos, podemos continuar desenvolvendo nosso ecossistema financeiro e digital na Colômbia”, disse Marco Toschi, chefe do Mercado Pago na Colômbia, referindo-se à suficiência que lhe confere sua permissão como Companhia de Financiamento no país.
Assim como RappiPay, Nu ou KOA, a fintech do Mercado Livre tem a licença ativa desde o ano passado, mas, por enquanto, apenas para facilitar transferências para contas bancárias, recargas de saldo, pagamentos e cobranças com código QR e cashback comprando no Mercado Livre.
Em outros países, o Mercado Pago manifestou publicamente sua intenção de solicitar uma licença bancária como parte de sua evolução natural e como ecossistema. Em 2024, pediu licença no México, enquanto, no início deste ano, comunicou que fará o mesmo na Argentina.
No entanto, na Colômbia, a estratégia segue o caminho da adesão a outros produtos sustentados financeiramente.
“Na medida em que nossos recursos tecnológicos nos permitirem, desenvolveremos produtos como créditos, cartões, máquina de cartão, incluindo soluções que já temos no México, Argentina, Chile e Brasil”, acrescentou o representante.
Além disso, entre as possíveis novidades que o Mercado Pago adicionará à sua linha de negócios estará também o botão de pagamentos com Bre-B, embora Toschi não tenha mencionado uma data para sua ativação.
“É uma das soluções que esperamos implementar no futuro. Isso dependerá da capacidade de desenvolvimento e também do grau de adoção que observarmos com a ferramenta”. Até o momento, o sistema de pagamentos imediatos colombiano conta com mais de 88 milhões de chaves registradas e mais de 32 milhões de colombianos têm 1,4 chaves ativas por meio de pagamento, de acordo com dados do Banco da República.
O representante do Mercado Pago também destacou que essas soluções apontam para sua meta de 2026: ganhar participação de mercado e crescer dentro da solução de cobrança online, tanto para as linhas de negócios do Mercado Libre quanto para a cobrança de serviços básicos, impostos e outros.
“Não vejo a Colômbia hoje se afastando novamente dos pagamentos digitais, independentemente do que aconteça em nível macroeconômico com o país. O caminho está traçado nesse sentido”, enfatizou Toschi.