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Três iniciativas sobre o novo plano de segurança cibernética do regulador financeiro peruano

jul 21, 2025

Por Antony Pinedo
Em uma conversa exclusiva com a iupana, o superintendente da SBS do Peru detalha as mudanças nos relatórios de incidentes, a atualização das equipes de supervisão e a criação de um comitê de alto nível para alinhar as iniciativas.

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A nova estratégia de segurança cibernética da Superintendência de Bancos, Seguros e AFP (SBS) do Peru busca melhorar o fluxo de informações entre as instituições financeiras, atualizar as capacidades de supervisão e estabelecer um comitê de alto nível para a tomada de decisões. 

Em conversa com a iupana, o superintendente Sergio Espinosa aprofundou os eixos da estratégia, impulsionada pelos desafios trazidos pela digitalização dos produtos financeiros. Para ter uma visão abrangente e atualizada, a SBS recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI), cujas recomendações serão incorporadas a esse novo roteiro. 

 

1.Relatar tentativas de ataques:

Uma das principais mudanças será a ampliação da notificação de incidentes cibernéticos. Atualmente, as instituições são obrigadas a relatar apenas aqueles com consequências ou impactos, mas o objetivo é que elas também relatem tentativas de ataques. 

“É o banco ou a instituição que descobre que foi violado, mas essa é uma informação que precisa fluir além de uma instituição, pois pode ser muito útil tanto para os pares do setor privado quanto para as instituições públicas acompanharem o que está acontecendo e como está acontecendo”, diz o superintendente. 

A estratégia prevê mecanismos de troca de informações entre entidades privadas e também com o setor público, o que exige a participação ativa do sistema financeiro, pois são essas entidades que gerenciam a segurança e concentram as principais informações sobre tentativas de ataques e eventos críticos. 

Essa emenda resolverá um problema que vários profissionais relataram a este jornal: o medo de compartilhar informações devido a possíveis danos à reputação. No entanto, o alerta de uma instituição poderia antecipar ataques semelhantes a seus pares. Agora, a transparência e o compartilhamento de informações serão promovidos pelo órgão regulador. 

“O setor privado e o setor público: [informações] de ambas as direções e ambas as fórmulas”, resume Espinosa.

 

2.Atualização do supervisor e dos talentos: 

Um lugar comum no setor financeiro é que a regulamentação está atrasada em relação à inovação. Isso resulta em processos lentos e, muitas vezes, na ausência de áreas especializadas dentro dos próprios reguladores. 

Por esse motivo, outro eixo fundamental da estratégia de segurança cibernética é a atualização dos perfis de supervisão, de acordo com os desafios trazidos pela digitalização. 

“Precisamos revisar e atualizar os perfis de nossos supervisores”, diz o funcionário. 

Nessa renovação, a entidade criou áreas especializadas em segurança cibernética e também está fazendo licitações para contratar talentos, já que as empresas privadas também estão em busca de talentos. O superintendente reconhece que há lacunas a serem preenchidas. “Acho que há talentos nessa área especializada na Superintendência, mas não o suficiente”, reconhece Espinosa. Para acompanhar o ritmo das novas tecnologias, a SBS recorreu a empresas especializadas para obter apoio nas tarefas de auditoria, uma experiência que ele considera positiva e que planeja manter. 

“A Superintendência pode e tem contratado terceiros para verificar certos aspectos da segurança cibernética, por exemplo, em uma instituição financeira, porque eles têm as ferramentas e o conhecimento que nós não temos”, diz ele.

 

3.Um comitê de alto nível:

A terceira iniciativa é a implementação de uma estratégia nacional para a segurança cibernética no sistema financeiro, sob a égide de um comitê de alto nível que envolve, coordena e alinha as iniciativas de instituições públicas relacionadas. 

Esse comitê é liderado pela SBS e envolve funcionários do Banco Central de Reserva do Peru, do Ministério da Economia e Finanças e da Superintendência do Mercado de Valores Mobiliários, conforme recomendado pelo FMI. 

Com essas três iniciativas, o órgão regulador peruano busca antecipar um cenário em que as ameaças se tornarão tão sofisticadas quanto os serviços digitais. 

“Trata-se de ter uma estratégia nacional que identifique os principais riscos que enfrentamos e as respostas sugeridas para esses riscos”, disse Espinosa. 

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