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Dos Boomers à Geração Z: como os bancos de investimento estão se tornando digitais?

nov 22, 2024

Por Antony Pinedo

Mudamos o foco para um subsetor financeiro que não é muito digitalizado, como a gestão de fortunas. Os consultores de investimento enfrentam um grande desafio, porque o perfil geracional dos seus clientes está mudando e, com ele, as suas exigências em relação ao digital.

 

O setor bancário sempre foi visto como conservador e de investimento, ainda mais. No entanto, a transferência de riqueza entre gerações exige que a gestão do património seja digitalizada, criando um equilíbrio entre o café com o consultor e o dashboard mostrando a subida e descida das ações.

Estimativas privadas apontam que pelo menos US$ 84 bilhões serão transferidos dos avós para os filhos e netos nos próximos 20 anos, em um fenômeno conhecido como “a grande transferência de riqueza”. Diante disso, as gestoras de patrimônio alertam que estão em plena transformação digital para entender melhor esse novo perfil de cliente.

María Noel Hernández, diretora de gestão de patrimônio da holding financeira Zest Group, explica que “um millennial pensa diferente de um boomer, que se contenta com um café a cada três meses com seu consultor financeiro. Atualizar o serviço de private banking envolve adotar tecnologia e mudar o relacionamento, focando mais no mundo digital ou no que uma wealthtech pode oferecer”, conta iupana.

A Zest oferece uma conta de investimento nos Estados Unidos a partir de US$ 50 mil com acesso digital a diversos ativos e ajuda a estabelecer perfis de investimento. Em abril, fecharam uma aliança com a XP Investimentos, do Brasil, para levar produtos para o lado de língua espanhola do continente. Segundo Hernández, esta estratégia responde a uma questão cultural, porque as famílias investidoras de cada país estão mais abertas a soluções locais.

Ela acrescenta que estão incorporando a tecnologia como um facilitador para as novas gerações e para democratizar o acesso aos investimentos. Hernández antecipa que em 2025 lançarão um produto de gestão de fortunas com um rendimento médio inferior, embora não tenha detalhado o valor.

“Há duas questões em que a confiança e o profissionalismo são muito importantes: saúde e dinheiro. […] A tecnologia não vai desvirtuar tudo isso, assim como a IA não vai nos deixar sem emprego, mas vai valorizar muito o trabalho dessa pessoa e o que se projeta é que as próximas gerações procurem mais esquemas híbridos”, finaliza a diretora.

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