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Investimento digital na América Latina: um espaço pendente para wealthtech

out 18, 2024

Por Ivis Aguilera

As plataformas digitais de gestão de património estão em expansão na região, com base em uma estratégia de redução de custos para atrair pequenos investidores com potencial de crescimento.

 

A América Latina se posicionou como um mercado de crescente interesse por plataformas digitais de investimento, diante do desafio de atrair novos participantes e oferecer alternativas acessíveis. Contudo, as taxas de participação nos mercados acionários permanecem baixas, refletindo uma oportunidade neste segmento.

Um exemplo dessa aposta é a Goonder, uma wealthtech argentina que utiliza uma interface simples para sugerir oportunidades personalizadas de investimentos. Atualmente, Argentina, Espanha e Colômbia lideram suas operações, embora a empresa almeje que “o México fique em primeiro lugar em breve, devido ao seu tamanho e maturidade”, disse Borja Menéndez, fundador e CEO da Goonder, à iupana.

Segundo dados da consultora McKinsey & Company, apenas 10% dos adultos da região investem em bolsas de valores, um número que contrasta fortemente com a participação de 55% nos Estados Unidos ou com a faixa de 20% a 40% na Europa, dependendo do país.

Este baixo nível de investimento pode ser atribuído a diversos fatores, entre os quais se destacam a falta de educação financeira, as elevadas taxas associadas às carteiras ou a percepção de risco. Menéndez destacou que um dos maiores desafios é romper com a mentalidade do investidor latino-americano.

Na região, existem oportunidades de investimento voltadas para setores da base da pirâmide econômica, como Tyba, da Credicorp, ou Mercado Pago, no México, com opções a partir de US$ 5.

“É nos pequenos investidores que está o crescimento exponencial”, explicou Menéndez. Com esta estratégia, a plataforma busca atrair uma base mais ampla de usuários. Além disso, oferecem instrumentos diferenciados de acordo com o nível de exposição ao risco do cliente.

O investimento pode partir de no mínimo US$ 1 mil, embora a compra de ações ou ETFs (exchange traded fund) possa ser feita a partir de US$ 200. Para produtos mais complexos, como carteiras administradas, o investimento mínimo é de US$ 5 mil. “O valor inicial não é dos mais baixos, mas consideramos que é suficientemente acessível para muitas pessoas”, afirmou o CEO.

Olhando para o fim de 2025, Goonder pretende levantar uma ronda de financiamento série A, procurando expandir-se para outros mercados, como Ásia, Estados Unidos e Europa, concluiu Menéndez.

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