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Entel pretende se tornar uma techco: como a empresa de telecomunicações chilena está evoluindo seus serviços de fintech, inovação e logística?

jul 8, 2024

Por Antony Pinedo

A divisão de alianças da chilena Entel está testando soluções disruptivas para melhorar seus serviços de atendimento ao cliente e operações internas, por meio de alianças com fintechs e startups que agregam à sua cadeia de valor

 

A empresa chilena Entel está redefinindo seu modelo tradicional de telecomunicações para incorporar novas tecnologias por meio de associação e investimento em startups que fornecem soluções que vão desde logística, serviços financeiros ou nuvem.

Por exemplo, a empresa fez parceria com a fintech de câmbio peruana Tucambista, que agora está presente no aplicativo da telco. O mesmo acontece com a Omnix, uma startup de logística que ajuda a controlar o estoque de telefones e planejar entregas no Chile e no Peru.

Além disso, acompanham de perto tecnologias como inteligência artificial generativa (GenIA, na sigla em inglês), soluções de internet das coisas (IoT), realidade aumentada e visão computacional, que permite identificar pessoas ou objetos em fotografias e organizá-los.

“Existe um objetivo de atuar como venture client: testar esses novos empreendimentos como fornecedores inovadores e ver se eles conseguem resolver os desafios internos da operação da Entel em termos de eficiência, melhoria da satisfação e experiência do cliente”, conta à iupana Patricia Elías, subgerente-corporativa para alianças e inovação aberta da Entel.

Desta forma, a empresa, com presença no Chile e no Peru, junta-se aos seus pares Claro e Bitel na procura de receitas, olhando para além das comunicações, um mercado onde é cada vez mais complexo rentabilizar.

 

Programas pilotos da Entel

Os empreendedores interessados ​​em se tornar fornecedores da empresa podem se inscrever no programa de inovação pelo site e, caso sejam aprovados, se preparam para um teste piloto.

A Entel realiza cerca de 20 pilotos anualmente, embora nem todos sejam contratados como fornecedores permanentes. O projeto impacta todas as divisões da empresa e é uma aposta para se manter atualizado com as mudanças tecnológicas e de negócios.

“O objetivo é apoiar a transformação e evolução da Entel para uma empresa techco”, afirma Elías, acrescentando o seu interesse em verticais como nuvem, segurança cibernética e ferramentas de digitalização de PME.

“Estamos nessa transformação para manter a sustentabilidade da empresa”, revela a executiva.

 

Entel e a fintech Tucambista

A Tucambista, especializada em câmbio digital, movimentou mais de US$ 1 bilhão em sua plataforma em seus cinco anos de operação. Há um ano, 20% dos novos clientes vieram dos canais digitais da Entel, assim que fecharam aliança após passarem pelo programa Innova Entel.

A fintech está embarcada no app Entel, o que permite atingir mais de 10 milhões de usuários da operadora de telefonia com investimentos mínimos em publicidade e gerar rentabilidade em um modelo de negócio que depende de comissões e volume.

“Como usuário, se você já fez login no seu aplicativo Entel, você já passou por uma primeira validação. Já sei quem você é, tenho sua identificação, já sei que você é quem diz ser”, diz Jorge Chang, CEO da Tucambista, à iupana.

“Tem alguns banners da Tucambista dentro do app e, quando você clica nesses banners, você vai para o ambiente da Tucambista, mas não sai do app”, explica. Embora a Entel esteja promovendo o segmento pessoal, os clientes corporativos, cujos volumes de operações são mais recorrentes e grandes, são o objetivo da Tucambista.

“Esse é o segmento que te dá um ticket maior. A soma dos dois segmentos, hoje, na Tucambista é quase 50 – 50. Os dois segmentos são os que geram um volume que, efetivamente, rentabiliza a operação”, comenta Chang.

 

Contribuir para um fundo de investimento de risco

Outro empreendimento que fechou acordo com a Entel é a logtech Omnix. Elías, da Entel, esclarece que, embora a empresa não possua fundo de investimento próprio, como os administrados por grandes corporações como Coca-Cola ou Femsa, contribui para um fundo de investimento de risco denominado Chile Global Ventures, de onde surgiu a Omnix.

“Este fundo já investiu em 17 startups e agora está mais focado em acompanhá-las e impulsioná-las a evoluir e, obviamente, tem o objetivo de fazer com que tenham eventos de saída com um retorno muito superior ao investido”, observa Elías.

A Entel é um dos cinco contribuintes da Chile Global Ventures, que apoia mais scaleups do que startups: soluções inovadoras comprovadas que podem aliviar a dor das empresas investidoras. Algo muito parecido com o que abordamos há algumas semanas com a Coca-Cola Andina e o lançamento de seu PDV, investindo na fintech argentina INI.

O executivo reconhece que há espaço para soluções fintech dentro da área de inovação da Entel, especialmente, aquelas que melhoram a experiência do cliente, embora explorar soluções de crédito não seja uma prioridade, porque não pensaram em entrar no negócio de banco.

No entanto, “tem sido difícil encontrar opções para melhorar, por exemplo, os gateways de pagamento. Encontrar uma transação que do início ao fim complete a expectativa do cliente”, conclui Elías.

 

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