Boas Fontes: A política diante da Lei Fintech 2.0 no México

2 December, 2022

#TopStory 🔝

Fintech Law 2.0 pode não se concretizar

As prioridades da agenda política podem atrapalhar a iniciativa de uma Lei Fintech 2.0 no México, suportadas pela indústria para melhorar os processos de autorização, avanços tecnológicos e modelos de negócios.

“Não quero ser pessimista, mas realista, e não esperaria uma mudança dessas características”, disse Victoria Albanesi, fundadora da Tech Legal Consulting, em evento virtual para conhecer as prioridades jurídicas da América Latina em 2023, patrocinado pela iupanaPro, o novo serviço de
informação iupana especializado em regulação financeira digital.

A Associação Fintech do México tem enfatizado publicamente a necessidade de atualizar a lei mexicana. Promulgado em 2018, a norma regula basicamente carteiras eletrônicas e crowdfunding, o que limita os modelos de negócios que podem ser desenvolvidos ou, na falta disso, leva as fintechs a buscarem subterfúgios legais. “Qualquer processo legislativo ou modificação é de longo prazo e exige muito esforço do setor e de consensos, inclusive políticos”, disse a advogada.

“Além disso, devido à forma como as câmaras (do Congresso) foram projetadas, não esperaria uma mudança legislativa a esse respeito. Mas claro que é sempre muito bom que esses fóruns de diálogo possam ser gerados”, acrescentou.

O Congresso também está embarcando em grandes projetos de emenda, como uma reforma eleitoral promovida pelo presidente Andrés López Obrador, que chamou a atenção do público — e de Morena, o partido governista, que também tem maioria parlamentar.

Albanesi participou de um painel com outros grandes especialistas latino-americanos no evento organizado pela iupanaPro “Como as regras das fintech mudarão em 2023?”.
Leia mais aqui e assista à gravação completa da conferência aqui.

IA, metaverso e fraude em destaque no setor financeiro em 2023

Esta semana estivemos em Miami cobrindo o Mastercard Innovation Forum 2022 para América Latina e Caribe. Durante dois dias, os painéis focaram nas tendências para pagamentos digitais e no avanço de novas tecnologias como metaverso, web3 e inteligência artificial (IA), destacando suas implicações para o setor.

Uma conclusão da conferência é que, enquanto
o virtual ganha terreno, os desafios de segurança e compliance também avançam. “O que está crescendo mais rápido do que o comércio eletrônico na América Latina é a fraude no comércio eletrônico”, disse Ron Hynes, CEO da Vesta, uma plataforma de prevenção de fraudes de pagamento, que tem parceria com a Mastercard.

Por outro lado, também cresce a necessidade de que os atores da indústria de IA assumam retoques de gerenciamento de dados e cumprimento, à medida que os algoritmos de aprendizado automático se tornam onipresentes. “Falando de equidade, como um exemplo,
não há um padrão ou ponto de referência estabelecido, não há uma definição e todos apresentam seu próprio conjunto de políticas e sua boa vontade”, disse Navrina Singh, fundadora e diretora-executiva de Credo AI, uma plataforma de governança de IA que fornece supervisão contínua.

Na próxima segunda-feira, traremos um resumo do que vimos de novidades em meios de pagamento destacadas no evento, entre eles, o impacto das criptomoedas, tap on phone e click to pay.

Inverno cripto? Faz muito frio no mundo das criptomoedas, mas convidamos você a analisar todo o panorama das moedas digitais, desde o nível dos serviços financeiros, com certeza você encontrará mais de uma oportunidade e desafios. Reproduza o podcast aqui.

#Jogadas Estratégicas 📊

• A plataforma colombiana de pagamentos ePayco estendeu sua aliança com o PayPal. Depois de registrar bons resultados na Colômbia, as empresas chegarão ao Equador e Peru durante o primeiro trimestre de 2023, para que seus clientes possam fazer saques de suas vendas internacionais diretamente da conta bancária que tenham vinculada no país de residência.
• DaviPlata lança “Toque y Pase” na
  Colômbia. A carteira digital colombiana do Grupo Davivienda lançou sua função de pagamentos sem contato.
• O superapp brasileiro Inter anunciou que se uniu ao Programa de Provedores de Serviços de Pagamento (PSP) da Amazon para que seus clientes no Brasil, que são vendedores na Amazon nos Estados Unidos, possam receber e enviar pagamentos diretamente para suas contas da Inter.
• Mynt, a plataforma de investimentos em criptomoedas do brasileiro BTG Pactual, apresentou uma funcionalidade em seu aplicativo
  que permitirá a seus usuários transferir criptomoedas como bitcoin ou ether desde outras plataformas a sua conta na Mynt e vice-versa.

#Investimentos 📈

Destácame fecha rodada por US$ 10 milhões

A fintech chilena Destácame, focada em melhorar as finanças pessoais, fechou uma rodada de investimentos Série B por US$ 10 milhões, liderada pelo Banco Santander, em uma troca de uma participação minoritária na fintech.

#Pessoas🫂

O fundador e CEO do Nubank, David Velez, rescindiu um acordo de compensação que proporcionará uma economia de cerca de US$ 356 milhões ao banco digital. O acordo estipulava que Velez receberia compensação quando as ações da Nu ultrapassassem US$ 18. A fintech disse que a decisão “contribui para o forte foco da empresa na eficiência, juntamente com o atual ambiente macroeconômico”.

#iupanaExclusive 🔥

O inverno das criptomoedas atingiu sua reputação. No entanto, o Brasil — provavelmente o maior laboratório criptográfico da região — não está pronto para abandonar os ativos virtuais: várias empresas apostam no uso de moedas digitais e blockchain em novos modelos de negócios. E já estão obtendo resultados.

• Startups avançam em modelos baseados em blockchain, web3 ou cashback com bitcoins.
• Além disso, eles estão procurando maneiras de combater os efeitos adversos dos invernos criptográficos.
• O foco é focar em serviços financeiros e evitar investimentos voláteis.

Saiba mais sobre os novos casos de uso de criptomoedas no Brasil em nosso iupanaExclusive desta semana.