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O futuro das finanças na América Latina e no Caribe

Cinco empresas que expandiram suas propostas fintech

jul 25, 2022

Por Antony Pinedo

Tudo isso será fintech? Embora suas propostas comerciais iniciais sejam diferentes, Rappi, Magazine Luiza, DiDi, Oxxo e Habi lançaram suas próprias verticais de finanças digitais e destacam uma tendência

 

O caminho percorrido por várias startups globalmente traça um caminho comum: o desenvolvimento de armas financeiras para complementar suas propostas comerciais iniciais.

Ao oferecer qualquer serviço ou produto digital, a troca de dinheiro é colocada no centro e provoca o aparecimento de terceiros que cobram uma comissão pela operação da transação ou juros pela habilitação de créditos.

Portanto, com os objetivos de completar seus ecossistemas de soluções e melhorar a experiência do usuário, diferentes aplicativos de entrega, transporte ou vendas lançaram seus braços fintech, após atingirem um certo estágio de maturidade.

“O dinheiro está na movimentação do dinheiro”, disse Andrés Carriedo, fundador da DesignBanking, uma consultoria para fintechs e bancos, quando a Rappi apresentou seu produto de adquirência digital, Paga con Rappi.

Para ilustrar esta tendência e ajudá-lo neste passo para o desenvolvimento de produtos financeiros, trazemos uma lista de cinco empresas latino-americanas que começaram a oferecer vários produtos e agora têm operações fintech.

 

  1. Oxxo: Spin by Oxxo

    Spin by Oxxo é a carteira digital lançada pela cadeia de lojas de conveniência mais popular do México. A Femsa, o grupo proprietário das duas marcas, lançou o aplicativo na última semana de 2021 e no fim do primeiro trimestre deste ano já tinha 2 milhões de clientes.

    “A proposta de valor da Spin by Oxxo unicamente permite enviar e receber fundos a partir do celular de cada cliente, assim como fazer depósitos, saques, pagamento de serviços e a possibilidade de adquirir um cartão Visa para fazer compras”, disse a empresa à iupana.

    A Femsa acaba de inaugurar sua área de inovação tecnológica sob o nome Digital@FEMSA e diz que está explorando caminhos no setor financeiro. A Spin by Oxxo opera sob as permissões da empresa Compropago.

  2. DiDi: Carteira DiDi Pay e Empréstimos DiDi

A DiDi lançou sua carteira digital DiDi Pay no México, no fim de 2020, para permitir que os motoristas de sua plataforma recebessem rendimentos  e fizessem pagamentos do aplicativo, assim como solicitar um cartão de débito. O produto também foi lançado no Brasil com o nome 99.

O segundo produto na América Latina foi o DiDi Préstamos, que iniciou suas operações em outubro do ano passado no México. Usuários e motoristas do aplicativo podem solicitar créditos de até US$ 1.450, um empréstimo habilitado diretamente pelo DiDi, que utiliza dados do uso do aplicativo para avaliação de risco.

“Nossa estratégia está focada em desenvolver soluções que se adaptem às necessidades pessoais e econômicas dos usuários de nossa plataforma”, disse Jordi Cueto-Felgueroso, gerente de relações públicas da DiDi México.

Com estas apostas, DiDi tem como objetivo oferecer soluções financeiras para a gig economy, um setor negligenciado pelos bancos tradicionais.

  

  1. Magazine Luiza: Fintech Magalu

A gigante do comércio eletrônico brasileiro Magazine Luiza acaba de centralizar todos os seus produtos financeiros no Fintech Magalu, uma marca lançada em maio deste ano.

Com esta nova vertical, a Magalu pretende levar seus produtos fintech a terceiros e aproveitar os novos modelos de negócios que open finance está abrindo no Brasil.

“Temos a vantagem de testar os produtos internamente, implantando e desenvolvendo as tecnologias com nossa própria equipe dentro das instalações do grupo”, disse Leandro Hespanhol, diretor-comercial e de novos negócios da fintech, há algumas semanas.

“Mas também o ofereceremos fora do ecossistema da Magalu”, acrescentou ele.

A Fintech Magalu lançou operações com dois produtos, um cartão corporativo e empréstimos pessoais, este último viabilizado pelo Itaú Unibanco.

 

  1. Habi: Fazendo hipotecas com Habi Credit

proptech colombiana Habi, corretora imobiliária online, apresentou o Habi Credit, com o objetivo de conectar os clientes com os bancos que melhor se encaixm em seus perfis de crédito.

Para isso, a proptech utiliza ferramentas tecnológicas que automatizam e organizam os dados dos clientes, aumentando as chances de conversão na aprovação de empréstimos hipotecários.

“Além disso, estamos integrando tecnologia não apenas no perfil inicial, mas em todos os processos subsequentes para agilizar a avaliação e a tomada de decisões pelo emprestador e, assim, prestar o melhor serviço a nossos clientes”, disse Juan Pablo Garavito, vice-presidente financeiro da Habi, em uma entrevista à  iupana em junho.

A proptech espera aumentar a colocação de empréstimos em US$ 81 milhões até o fim deste ano.

  1. Rappi:Pagamentos, cartões e adquirência

O RappiPay foi o primeiro produto financeiro digital lançado pelo unicórnio colombiano em 2019. Esta solução nasceu em parceria com o banco colombiano Davivienda e Visa.

Embora a Rappi tenha iniciado suas operações com uma proposta de entrega de alimentos em 2015, ao longo dos anos, expandiu seu braço fintech e lançou produtos financeiros como o RappiCard e o Paga con Rappi. O primeiro coloca cartões pré-pagos ou de crédito emitidos por bancos parceiros na América Latina e o segundo é uma proposta de adquirência digital.

“Os novos datafones serão estes processadores de pagamento virtuais, como o que fazemos na Paga con Rappi”, disse Lorena Sanchez, então líder mundial da Paga con Rappi, em março deste ano.

O superapp colombiano alcançou o status de unicórnio em 2018 e foi avaliado em US$ 5,2 bilhões em julho do ano passado.

 

Essas cinco empresas marcam uma tendência no amadurecimento das startups na região e ilustram a necessidade de complementar as soluções digitais com finanças, que é, em última análise, o núcleo de cada negócio.

 

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