#Boas Fontes: O relatório semanal sobre fintech e banco digital

#TopStory 🔝

Delt.ai usa criptomoedas para créditos… tradicionais?

Delt.ai, uma startup mexicana focada em serviços e gestão de negócios, aproveitará as criptomoedas para expandir seu portfólio de empréstimos para PME, em um exemplo do progresso de ativos descentralizados no setor financeiro.

A fintech recebeu financiamneto de US$ 25 milhões em stablecoins através do mercado de financiamento emblockchain TrueFI, da TrustToken, uma
plataforma para geração de tokens baseados em ativos. No entanto, a startup esclarece que eles não são uma empresa de criptomoedas.

“Na busca de trazer a tecnologia mais avançada para as finanças tradicionais, precisávamos de sofisticação e, ao mesmo tempo, que fossem fáceis, escaláveis e com boas taxas. A indústria cripto atende a esses requisitos, por isso escolhemos”, explica um iupana José de la Luz López, CEO e fundador da Delt.ai.

A empresa acrescenta que o aspecto regulatório da negociação
de criptomoedas não é decisivo para suas operações, embora muitos bancos e fintechs olhem atentamente para as decisões dos reguladores que esperam clareza nas áreas cinzentas que caracterizam a cripto.

“Não há mudança na forma de empréstimos aos clientes, apenas no financiamento, isso não é uma inovação regulatória, é tudo muito tradicional”, acrescenta López, lembrando que os usuários recebem créditos em pesos mexicanos.

“Não somos uma empresa de criptomoedas, não planejamos oferecer esse tipo de produtos”, esclarece o CEO.

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#Neobancos 🏦

Revolut busca licença no México

O neobanco britânico Revolut está buscando uma autorização bancária no México e pode até acelerar o processo através de uma aquisição. “Quanto à licença, não descartamos nada, mas, por enquanto, estamos indo pela rota orgânica”, disse Juan Miguel Guerra, diretor-geral do neobanco no México, à iupana. Uma licença bancária permitiria que eles construíssem uma oferta maior de produtos financeiros, algo que é limitado com as autorizações de fintech, segundo a advogada mexicana Leticia Pelayo.

N26 aposta em “fincare” no Brasil

O banco digital alemão N26 fez parceria com a plataforma brasileira de planejamento financeiro GFAI com o objetivo de fortalecer sua posição de “fincare”, como é chamada a fintech, que, além dos serviços financeiros, oferece educação nessa área para seus usuários. A GFAI é uma plataforma de planejamento financeiro e de carreira; e participará do design do Insider, um aplicativo que o N26 pretende lançar este ano.

#Regulamento 🖊

Segundo strike para regulação cripto no Peru

O Projeto de Lei do Marco de Comercialização de Criptoativos no Peru recebeu um segundo aviso, desta vez da Superintendência de Bancos, Seguros e AFP do Peru (SBS).

A entidade emitiu um “parecer desfavorável” sobre o Projeto, concluindo que não são competentes para comentar sobre a operação de empresas de câmbio de ativos virtuais, uma vez que só cuidam de empresas financeiras regulamentadas.

O Banco Central de Reserva do Peru (BCRP) havia dito anteriormente que as criptomoedas “não constituem uma moeda de curso legal”, excluindo-se de ter que regulá-las. No entanto, nenhum órgão regulador proibiu expressamente seu uso… Caindo em zonas cinzentas.

Da mesma forma, considerando que os ativos virtuais são um investimento
especulativo de alto risco, a SBS recomendou que a Superintendência do Mercado de Valores Mobiliários (SMV) também emitisse um parecer sobre o assunto.

Se a SMV comunicar uma posição adversa, a aprovação do Projeto de Lei torna-se complexa.

#Investimentos 💵

Neon se torna unicórnio com investimento BBVA

A instituição financeira espanhola chegou a um acordo para investir US$ 300 milhões no neobanco brasileiro Neon, transformando-o em um novo unicórnio. O BBVA alcança uma participação de 29,7% no neobanco, que atende pessoas físicas e PMEs. O grupo espanhol anunciou que esse investimento permitirá que eles entrem em novos mercados.

Trace Finance levanta US$ 4,3 milhões em rodada sementes

A Trace Finance, fintech brasileira de startups, recebeu US$ 4,3 milhões da HOF Capital. Os recursos serão investidos na expansão da equipe e na busca de novas soluções bancárias para empreendedores no Brasil e nos Estados Unidos.

PayHop fecha rodada sementes de US$ 2,2 m

A PayHop, outra fintech brasileira de soluções para PMEs, arrecadou R$ 11,5 milhões (US$ 2,2 milhões) em uma rodada semente liderada pela Experian Ventures. A fintech usará o investimento para escalar seu produto ‘compre agora, pague depois’ e aproveitará uma nova regulamentação que permite oferecer crédito mais barato às PMEs por meio de garantias de contas a receber.

#Wealthtech 📈

Flink se expandirá para a Colômbia

A plataforma de investimento mexicana Flink vai operar na Colômbia a partir de meados deste ano, como parte de sua estratégia de internacionalização. A wealthtech tem 1,6 milhão de usuários e pretende chegar a 4 milhões ainda em 2022. Os próximos mercados que estão no radar são Peru, Chile e Argentina

#Agrofintech ⛏ 🐮

MasterBarter lança cartão de crédito e conta digital

A agrofintech brasileira MasterBarter lançou conta digital e cartão de crédito voltados para produtores rurais em parceria com a Mastercard. Esses produtos permitirão escalar o sistema de troca comumente utilizado no País e os produtores poderão acessar créditos dando como garantia o compromisso de pagamentos com o que é obtido em safras futuras.

#iupanaExclusive 🔥

SoftBank: Nem todas as fintechs sobreviverão

Felipe Fujiwara, líder de investimentos em fintech do SoftBank Latin American Fund, compartilhou suas expectativas para o mercado em 2022 em entrevista exclusiva à iupana. Alguns destaques…

• Mais aquisições de fintechs estão chegando: “As fintechs atraíram muito capital dos investidores durante o último ano, mas nem todas elas têm potencial para se tornarem grandes empresas”.
• Com o aumento das taxas de juros, as fintechs de crédito terão que arcar com, pelo menos, parte do alto custo de financiamento.

Saiba mais em nossa matéria exclusiva.

#Quatro perguntas para… Oscar Salas

Qual foi o conselho que realmente impactou sua carreira?

“Ouça sempre seus primeiros dezclientes.” É importante valorizar os primeiros clientes que confiam em você, sempre ouvi-los e mantê-los com você.

Quais os desafios que a região ainda enfrenta para alcançar a verdadeira inclusão financeira?

Há ainda o desafio da educação financeira. Temos que entender que a tecnologia não chega a todos; por exemplo, nem todo mundo tem um smartphone, temos que resolver isso.

Devemos usar informações alternativas, para poder fornecer aos nossos
clientes muito mais do que apenas crédito, o que não gera inclusão financeira, não apenas acesso ao crédito.

Qual é o principal desafio que as finanças digitais devem superar?

O desafio não é apenas construir uma boa experiência de usuário, mas oferecer um produto financeiro sólido. No final das contas, o aspecto financeiro é o mais importante.

O que diferencia as fintechs dentro do setor financeiro?

Durante a pandemia, as fintechs provaram ter a capacidade de se adaptar a qualquer contexto. Além disso, a possibilidade de que seu alcance, em relação aos usuários, seja muito maior do que outras instituições financeiras tornou-se evidente.

Oscar Salas é gerente-geral no Peru da Clara, fintech que oferece soluções para PME. Anteriormente, trabalhou na PagoNXT doSantander, Kushki, Afluenta e Interbank.

Até a semana que vem!