Descubre el futuro de las finanzas en América Latina y el Caribe

The future of finance in LatAm & the Caribbean

O futuro das finanças na América Latina e no Caribe

 

O futuro das finanças

Direto dos líderes bancários, de fintech e de pagamentos na liderança da mudança

Desde 2018, executivos de banco digital, fintech e pagamentos recorrem à iupana para obter informações detalhadas e confiáveis sobre como as finanças estão evoluindo na América Latina.

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As notícias da iupana

Algumas notícias da iupana
Mobile banking explode no Brasil

Ciab 2021: Em meio a um aumento geral nas transações financeiras eletrônicas no Brasil, os movimentos feitos a partir de dispositivos móveis superaram aram todos os outros canais, de acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

O mobile banking (banco em dispositivos móveis) acelerou ainda mais seu crescimento no Brasil no ano passado, vindo a se tornar o canal dominante para transações de serviços financeiros com 50% de participação de mercado, de acordo com a mais recente pesquisa da Febraban, conduzida pela Deloitte e apresentada no Ciab de 2021.

Além disso, os gastos bancários com TI atingiram um recorde em 2020 e a inteligência artificial liderou os investimentos em tecnologias disruptivas.

“Foi um ano com forte aceleração na digitalização e na bancarização em um momento do pré-open banking ”, observou Sergio Biagini, sócio-líder do setor de serviços financeiros da Deloitte Brasil.

O número de transações feitas pelo celular atingiu 52,9 bilhões em 2020, ante 37 bilhões no ano anterior. Reunindo todos os canais bancários (celular, internet, máquinas, agências, caixas eletrônicos, correspondentes bancários e central de atendimento), o número total de transações realizadas por clientes foi de 103,5 bilhões, um crescimento de 20%, o maior dos últimos anos.

Apesar do crescimento geral, o aumento das transações feitas a partir de dispositivos móveis em termos proporcionais em relação a todos os meios está levantando dúvidas sobre o futuro de outras plataformas.

“A indústria está repensando como inovar o grande e estagnado parque de caixas eletrônicos que existe no Brasil”, disse Biagini.

Surtos de abertura de conta digital
Em um ano pandêmico, o digital provou seu valor e as pessoas se envolveram ainda mais com ele – internet banking e mobile banking foram responsáveis por 67% de todas as transações. No ano passado, nove a cada dez utilizações de crédito e oito a cada dez pagamentos de contas foram feitas por meio de canais digitais.

Canais físicos foram usados para transações mais complexas, como renegociação de dívidas e câmbio. Entre os 21 bancos que participaram da pesquisa, dados de oito instituições indicaram que 7,6 milhões de contas foram abertas por meio dos canais digitais, um aumento de 90% em relação a 2019.

A pesquisa mostrou também que, embora o acesso a serviços bancários pela Internet por pessoa física tenha sido drasticamente reduzido, o acesso por meio do aplicativo cresceu. Em geral, os clientes corporativos continuaram usando o Internet Banking por meio de notebooks, enquanto os indivíduos cada vez mais recorriam a seus telefones para transações financeiras, como pagamentos ponto a ponto.

O número total de contas de mobile banking ativas mais do que dobrou em 2020; mesmo sem considerar o efeito do auxílio emergencial, o crescimento teria sido de 39%, afirma a pesquisa.

“Há anos falamos sobre o potencial dos dispositivos móveis, falando sobre como eles se tornariam dominante e, neste ano, isso ocorreu, foi em 2020, e os bancos estão desempenhando um papel de destaque”, observou Rodrigo Mulinari, gerente geral de TI do Banco do Brasil e diretor da Febraban.

“Contudo, o crescimento do mobile banking não diminui a importância do internet banking, que tem um público fiel e específico. A indústria continua aprimorando esses dois canais”, ele acrescentou.

Bancos brasileiros aumentam investimentos em tecnologia

No ano passado, os bancos brasileiros aumentaram seus gastos com tecnologia como uma forma de acompanhar a aceleração digital. Em 2020, o gasto total foi de R$ 25,7 bilhões (R$ 8,9 bi em investimentos e R$ 16,8 bi em despesas), um aumento de 8% em relação aos R$ 23,9 bilhões de 2019, dos quais R$ 8,3 bi eram em investimentos e R$ 15,6 bi em despesas.

Entre as tecnologias nas quais os bancos estão focados, a inteligência artificial ganhou relevância, já que 93% dos bancos pesquisados disseram que a IA é uma prioridade, um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2019. Eles também apontaram a automação de processos robóticos (RPA), com 80% e IoT com 33%.

Entre os bancos que priorizaram a IA, as principais áreas onde planejam investir são atendimento ao cliente, crédito, biometria, robôs de assessoria e áreas jurídicas.

 

 

Brasil divulga expansão ambiciosa do Pix após crescimento massivo

O Pix, o novo sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, foi recebido com grande adesão – e, agora, o Banco Central do Brasil divulga as próximas evoluções do  do sistema que vai  incorporar serviços de pagamentos corporativos e ampliar ainda mais a base de usuários

 

Roberta Prescott, São Paulo, 02-07-2021

em novembro do ano passado, o sistema de pagamento instantâneo Pix do Brasil, rapidamente, ganhou grande força entre os brasileiros e, hoje, é responsável por mais de 30% de todas as transações brasileiras.

 

Agora, o Banco Central do Brasil (BCB) tem um plano ambicioso para expandir ainda mais o uso. Isso inclui fomentar o aumento da adesão corporativa – até o momento, o envolvimento tem sido maior em pagamentos entre pessoas – e a adição de novas funcionalidades,programadas para  entrar no ar nos próximos trimestres e que devem direcionar mais tráfego para pagamentos instantâneos.

 

O BCB abriu uma consulta sobre duas novas funcionalidades do Pix para saque de dinheiro: o Pix Saque e o Pix Troco.

 

O Banco Central também tem o Pix Aproximação em fase de preparação, para facilitar as transações por meio de conexões wireless de curto alcance, assim como o Pix offline, que permite transações Pix entre usuários sem acesso à internet, e o Pix Agendado, que permite agendar transações, uma alternativa para o cartão de crédito.

 

Os novos recursos em preparação seguem o lançamento, em maio, do Pix Cobrança para pagamentos com vencimento. Isso oferece uma alternativa digital ao processo de pagamento por boleto bancário do Brasil e permite o cálculo automático de multas, juros ou descontos para pré-pagamentos.

 

“Nossa expectativa é que em junho o Pix ultrapasse 600 milhões de transações por mês”, disse João Manoel Pinho de Mello, diretor de organização do Sistema Financeiro e de resolução do Banco Central, durante um painel de discussão no Ciab 2021, realizado virtualmente na semana passada. “O Pix já ocupa uma participação relevante no total de transações.”

 

O Pix entrou em vigor em 16 de novembro do ano passado. Em 31 de maio, tinha acumulado 254,3 milhões de chaves Pix de 87,8 milhões de cidadãos (52% da população adulta) e 5,8 milhões de empresas (41% do total).

 

Pix para pagamentos corporativos brasileiros

O Pix foi rapidamente adotado por autônomos – graças à sua simplicidade – e grandes varejistas, que puderam fazer ajustes na plataforma para aceitá-lo. Mas há uma lacuna no mercado corporativo de médio porte, disse Mello.

 

Após a padronização da Interface de Programação de Aplicativos (API), a integração aos sistemas de empresas tornou-se mais fácil, o que pode facilitar a gestão financeira de empresas e pequenos empreendedores.

 

O Mercado Livre é um exemplo de varejista que implementou o Pix. Elaine Shimoda, líderde inovação em pagamentos do Mercado Livre e Mercado Pago, disse que, quando o Pix foi lançado, essa forma de pagamento foi incorporada a finalização de compra.

 

“Vimos um grande número de pessoas usando ele”, observou ela, acrescentando que o Pix ganhou dos boletos de pagamento na participação no e-commerce.

 

Em uma pesquisa do Mercado Livre com 324 clientes, 55% deles disseram usar o Pix.

 

“O Mercado Livre quer continuar sendo a logística mais rápida do Brasil e os boletos demoram mais. Com o Pix, a equipe de logística não tem que esperar, pois a confirmação do pagamento é instantânea”, explica Shimoda.

 

Impactos pandêmicos

A pandemia acelerou a inclusão de brasileiros no sistema bancário. Quando o governo liberou o pagamento de ajuda financeira emergencial, para ajudar as pessoas a atravessar o difícil período inicial de quarentena, devido à Covid-19, cerca de 5,4 milhões de pessoas podiam receber o auxílio emergencial, mas não tinham conta bancária para recebê-lo, segundo a consultoria Locomotiva.

 

O pagamento foi feito pela Caixa Econômica Federal e os elegíveis para recebê-lo tiveram que baixar um aplicativo (Caixa Tem) e abrir uma conta digital.

 

“A bancarização mudou de um ano para cá. E mudou também o cash-in, o processo de entrada de dinheiro para essas pessoas, , porque elas passaram a receber ajuda do governo digitalmente”, disse Renato Meirelles, presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva.

 

Ele notou um aumento nos pagamentos eletrônicos, impulsionado pelo auxílio emergencial e também por empreendedores entrando nos mercados digitais. “Já temos 11 milhões de brasileiros que têm renda com  aplicativos”, ele acrescentou.

 

Mesmo assim, o financiamento digital ainda é um desafio no Brasil, pois grande parte das pessoas não tem acesso à internet o tempo todo ou mora em locais sem cobertura de internet.

 

“Com a pandemia, algumas opções de pagamento tornaram-se quase inviáveis ​​e, mesmo quem não conhecia os meios eletrônicos de pagamento online, passaram a preferi-los”, disse Janaína Pimenta Attie, do Banco Central do Brasil.

 

E o Pix está desempenhando um grande papel para fomentar o digital.

 

“Percebemos que o Pix tem uma penetração maior nos grupos de renda mais alta da população e são pessoas não bancarizadas, mas encontramos números interessantes entre a população de baixa renda”, disse ela.

 

Divulgando alguns números, ela disse que o BCB encontrou uma porcentagem de pessoas que não fizeram transferências eletrônicas (conhecido como TED, localmente), mas fizeram Pix.

 

Entre os microempreendedores individuais (MEI), 70% têm uma chave Pix cadastrada e, entre os que receberam o auxílio emergencial, a participação é de 43%.

 

“Isso aponta para um caminho interessante para as camadas de baixa renda. Além dos produtos e serviços que vieram com o lançamento do Pix, o BCB tem uma rica agenda incorporando benefícios aos cidadãos no Pix”, ela afirmou.

 
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Os maiores bancos do Brasil exigem igualdade de condições | Ciab 2021

Os executivos dos maiores bancos do Brasil elogiam o sucesso das iniciativas do banco central para encorajar a inovação financeira, mas dizem que estão preocupados com o tratamento regulatório desigual para diferentes tipos de instituições

Roberta Prescott - São Paulo - 23-06-2021

Os principais executivos dos maiores bancos do Brasil dizem que o Banco Central do país aprimorou o sistema financeiro e melhorou a competitividade com suas inovações regulatórias. Mas eles alertaram contra o aumento da assimetria regulatória entre os participantes.

“O sistema financeiro atual não é mais composto por seis grandes bancos”, disse o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, na terça-feira, durante um painel de conversação na Ciab Febraban, a conferência anual do Brasil para o setor de serviços financeiros.

“Vemos uma pluralidade de agentes atuando no ecossistema, mas é crucial um marco regulatório que permita um processo competitivo plural com bases mais homogêneas”.

A economia brasileira já está hiperconectada, observou Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco. “É claro que precisamos ter melhorias, como 5G, logística reversa, ESG. Mas foi a resiliência, que é uma característica do nosso setor, que nos trouxe até aqui. A competição é saudável e bem-vinda. O financiamento aberto tem que ser realmente aberto, não pode haver assimetrias regulatórias”, disse ele.

Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco, disse ser favorável à competição porque faz com que todas as partes cresçam e evoluam. “Mas também somos a favor da igualdade jurídica. Nossa grande preocupação é com a assimetria regulatória”, ele observou, acrescentando que como consequência da agenda do BCB há mais empresas no mercado financeiro.

A pandemia de covid-19 trouxe um aumento natural na digitalização e impulsionou uma evolução importante na melhoria da experiência do cliente, ele acrescentou.

Durante a pandemia, os bancos também tiveram que lançar o Pix, o sistema brasileiro de pagamento instantâneo que atingiu um enorme sucesso entre as transações ponto a ponto. “O Pix ganhou importância a curto prazo e eu destaco o papel dos bancos em priorizar o Pix”, disse Maluhy.

 

Indo além do banco aberto no Brasil

Desde a implantação do Pix, o BCB está promovendo a agenda de banco aberto. Os CEO dos bancos brasileiros disseram que o financiamento aberto deve ir além dos bancos e abrir dados de empresas de diferentes setores.

“Precisamos expandir o conceito de financiamento aberto para não ser apenas bancos compartilhando dados, mas compartilhando dados com outras indústrias e com o consumidor que detém os dados”, disse Maluhy, do Itaú Unibanco.

Fausto de Andrade Ribeiro, presidente do Banco do Brasil, afirmou que o banco aberto e o financiamento aberto são extremamente positivos e os bancos aceitam a concorrência no mercado.

“O banco aberto abre uma janela de oportunidade para nós, bancos, nos aproximarmos dos clientes, por exemplo, para entender suas preferências e baseado nisso, poder personalizar serviços e produtos”, ele disse. Ele também expressou a preocupação de que haveria um curto período de tempo para implementar isso.

A agenda de digitalização e inovação aumenta a competição, acrescentou Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, mas é importante que todos os participantes tenham as mesmas regras, ele destacou.

Embora concorde que a digitalização é importante, Pedro Duarte Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, também disse que o Brasil é grande o suficiente para abrigar realidades completamente diferentes. A Caixa, disse ele, está abrindo cerca de 200 agências físicas mesmo durante a atual expansão da transformação digital.

“Existem duas realidades diferentes no Brasil. Uma, com a força exponencial do digital e outra que ainda não existe, com milhões de pessoas que não conseguem conectar seus celulares à internet. Isso é um desafio”, disse ele. 

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