O superapp colombiano Rappi enfrenta uma lenta colocação de cartões de crédito, produto financeiro que lançou com grandes expectativas em associações com diversos bancos, mas que não conseguiu uma implantação massiva.
No México, eles apresentaram o plástico em janeiro de 2021 em aliança com o Banorte. Mas, entre o primeiro trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023, foram emitidos cerca de 352 mil cartões, acumulando cerca de 867 mil usuários. No mesmo país, a Didi disse, na semana passada, que concedeu cerca de 5 milhões de empréstimos por meio de seu aplicativo de transporte e entrega no mesmo período, enquanto o Nubank atingiu, em três anos, quase 3 milhões de clientes com seu cartão de crédito.
“Estamos dando os primeiros passos. É muito cedo para tirar conclusões a longo prazo”, disse a iupana Jorge Novis, líder de desenvolvimento de negócios digitais do Itaú Chile, durante sua participação no Chile Fintech Forum. O banco fez parceria com a Rappi para a emissão de plásticos. Segundo informações levantadas pelo DF, após um ano de abastecimento, foram emitidos 20 mil plásticos.
“Esse negócio ainda é um bebê, mas está indo bem. No início, teremos apenas um produto lançado desta aliança, que é o cartão de crédito, obviamente, há planos de expandir isso com produtos adicionais”, acrescentou Novis.
Na Colômbia, onde apresentaram planos para contas de poupança, foi informado que, até o fim de 2022, teriam sido emitidos 230 mil cartões de crédito desde o lançamento do produto em 2020, em aliança com o Banco Davivienda. Nesse país, o Nubank emitiu 800 mil plásticos em dois anos.
A esses números se somam os comentários feitos, em fevereiro, por Luis Felipe Castellanos, CEO do Interbank, o banco peruano que deu origem ao Rappibank, que disse que os esforços relacionados à associação não tiveram sucesso até agora.
A iupana pediu entrevista à Rappi sobre a avaliação de desempenho de seu produto de crédito, porém, não obtivemos resposta à solicitação.