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O futuro da identidade digital é multifatorial

jul 5, 2022

Por admin
Autenticação digital: À medida que os sistemas financeiros se digitalizam, também aumentam as vulnerabilidade nas transações...

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Até muito recentemente, uma simples verificação biométrica de identidade era suficiente para validar que o usuário do outro lado da tela era de fato quem dizia ser. Hoje, em um contexto de novos esquemas de fraude e regulamentações, cada vez mais, rígidas, a autenticação exige robustez por meio da combinação multifatorial de ferramentas tecnológicas, que vão desde selfies até inteligência artificial (IA).

Esta é a conclusão de um grupo de especialistas consultados pela iupana no white paper “O futuro da identidade digital. Biometria, ecossistemas e identificação no cenário digital pós-pandemia”, desenvolvido em cooperação com a Jumio, empresa de tecnologia que oferece múltiplos verificadores de identidade e serviços de combate à lavagem de dinheiro (AML, na sigla, em inglês, para anti-money laundering) baseados em IA, biometria , aprendizado de máquina, detecção de vida e automação.

Neste caminho, a recomendação às entidades financeiras latino-americanas é optar por uma combinação de tecnologias que blinde as operações, sem prejudicar a velocidade das mesmas , tendo em conta que a autenticação da identidade digital é uma questão importante para empresas que converteram para canais digitais.

Como verificar a identidade digital

A maioria das organizações financeiras opta por contratar um terceiro que verifique a identidade do cliente com os dados de entidades governamentais, assegurando-se que não se encontre entre as listas de sanções, além de confirmar que o documento de identidade apresentado é real. Embora estas medidas sejam efetivas, ainda não são suficientes.

“Temos muitas maneiras de provar que a identidade apresentada foi manipulada. A inteligência artificial e o machine learning, por exemplo, nos permitem assegurar que todos os campos — como nome, número de identidade, ou idade — sejam extraídos corretamente e que não tenha sido uma imagem sobreposta à imagem do RG. Mas isso não basta”, destaca Samer Atassi, vice-presidente da Jumio para América Latina e Caribe.

Por fim, as empresas estão implementando controles adicionais para reduzir as possibilidades de ataques cibernéticos e roubo  de dados, enquanto  criam processos de onboarding mais completos e seguros.

Uma opção consiste em aplicar as estratégias de verificação como selfies que os usuários estejam segurando seu documento de identidade local ou carteira de motorista, acompanhada de biometria combinada (impressões digitais, reconhecimento de voz e facial) e tokens. A análise comportamental também  está ganhando terreno, como examinar o padrão de um  dispositivo móvel, uma característica de cada indivíduo.

“A  biometria segue sendo a mais utilizada , e entre os diferentes tipos de biometria, a mais utilizada é a comportamental”, afirma Patrick Aron Rinski, sócio da consultoria McKinsey e especialista em cibersegurança e riscos operacionais.

Mas a prova  de detecção de vida é talvez  a melhor estratégia para evitar que uma pessoa abra uma conta bancária com os documentos de outra. Com ela, se aplicam ações para provar que o usuário está vivo, prevenindo o uso de fantoches, vídeos ou fotos falsas.

Da mesma forma, espera-se que o futuro de toda esta tecnologia se volte para a criação de uma identidade digital portátil, semelhante a um passaporte aceito por qualquer entidade financeira, sem a necessidade de realizar processos de integração digital contínua.

A importância da experiência do usuário

Uma boa experiência de usuário (UX, na sigla em inglês) é fundamental para evitar que o cliente migre para a concorrência. Por isso,é preciso assegurar uma navegação fácil, integrada à proteção e privacidade dos dados.

A “detecção passiva de vida” é relevante para reduzir a fricção nos processos de abordagem digital de clientes, na qual o usuário não deve ter de fazer nada. Simplesmente, ao olhar para a câmera, verifica-se  se trata de uma pessoa real ou não, segundo Akif Khan, analista de Gartner Research e  especialista em fraude em transações de pagamento e identidade.

Por sua parte, Cristian Galan, cofundador do Cellbank, uma empresa de tecnologia financeira que fornece serviços digitais B2B2C, destaca  que os clientes estão particularmente preocupados com a  facilidade de uso.

“A fricção zero não é algo que fica no PowerPoint, mas tem de ser  uma realidade em todas as soluções”, afirma.

Quer saber mais do futuro da identidade digital? Baixe o White Paper da iupana, elaborado com o apoio de Jumio.

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