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Maiores rodadas de investimento em fintech do primeiro semestre de 2022

jun 20, 2022

Por Antony Pinedo

Os picos alcançados nas rodadas de investimento de 2021 parecem distantes este ano, o que demonstra a complexidade e o retrocesso do financiamento na região

As fintechs latino-americanas precisarão continuar ajustando suas expectativas para rodadas de investimento com números muito mais modestos, à medida que a entrada de financiamento para a região esfria.

Uma revisão dos maiores aportes de capital no primeiro semestre de 2022 mostra um pico de US$ 300 milhões, levantado pelo banco digital Neon. Rodadas como as levantadas pelo Nubank ou Ebanx, no primeiro semestre de 2021, de US$ 1,15 bilhão e US$ 430 milhões, respectivamente, foram ainda mais longe.

Enquanto isso, o panorama econômico global segue sem se estabilizar, fazendo com que as condições de acesso ao investimento se acirrem.

O financiamento no setor de fintechs a nível global caiu 18% no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o quarto trimestre do ano passado, segundo a CB Insight.

“Em 2021, houve muito deployment de capital. Isso não vai se replicar em 2022. Seria realmente muito complexo, porque estaríamos falando de volumes muito altos. Esses registros não serão alcançados”, assegura à iupana Rodrigo García, CEO e fundador da Finnovating, plataforma que conecta investidores com startups.

Para traçar a tendência, preparamos esta lista das maiores rodadas de investimento em fintech do primeiro semestre de 2022.

Maiores investimentos em fintech no primeiro semestre de 2022

Até agora, nenhum processo de investimento ultrapassou US$ 400 milhões, um limite de consenso para definir as megarrodadas Por isso, apresentamos as operações superiores aos US$ 100 milhões que ocorreram no setor.

A lista mostra o aparecimento de seis novos unicórnios, uma figura mítica cada vez mais furtiva.

Neon

A maior rodada de investimentos foi levantada em fevereiro pelo neobanco brasileiro Neon. O total de US$ 300 milhões na série D elevou sua valorização ao status de unicórnio.

O BBVA liderou o investimento, que marcou uma continuidade na estratégia do banco espanhol de participar do financiamento de propostas digitais, tendo também em seu portfólio os neobancos Solarisbank, da Alemanha, e Atom, do Reino Unido.

A Neon foi fundada por Pedro Conrade em 2016 e tem 12 milhões de clientes.

Créditos

No início do ano, a Creditas, do Brasil, fechou uma rodada de investimentos da série F por US$ 260 milhões, adicionando Fidelity Investments como acionista. O total levantado pela fintech em suas seis rodadas atingiu US$ 829 milhões e aumentou a avaliação da Creditas para US$ 4,8 bilhões.

A Creditas, fundada pelo espanhol Sergio Furio, foi lançada em 2012 e emprega mais de 4.000 pessoas no Brasil e no México.

Entre seus investidores estão SoftBank, QED Investors e Kaszek Ventures, entre outros.

Habi

A proptech colombiana Habi levantou US$ 200 milhões em uma rodada de investimento da série C em maio e se tornou unicórnio, o segundo da Colômbia depois da Rappi. O financiamento foi liderado por Homebrew e SoftBank.

Habi foi fundada por Brynne McNulty e Sebastián Noguera que têm também uma vertical de empréstimo chamada Habicredit, que ajuda compradores de imóveis a obter crédito.

O total arrecadado pela Habi desde sua fundação, em 2020, chega a US$ 315 milhões.

Nowports

A Nowports, uma despachante de carga situada no México, recebeu US$ 150 milhões em uma rodada da série C liderada pelo Softbank em maio, elevando sua avaliação para US$ 1,1 bilhão, tornando-se, assim, unicórnio.

A empresa pretende abrir sua linha fintech e concluir sua oferta desenvolvendo sua própria área de risco para conceder linhas de crédito que usarão os encargos dos clientes como garantia.

Fundada por Maximiliano Casal e Alfonso de los Ríos, a startup disse que os fundos também serão usados para sua expansão na América Latina e escritórios abertos em Hong Kong.

Betterfly

A insurtech chilena Betterfly tornou-se o terceiro unicórnio chileno, depois da Cornershop e da NotCo, apóslevantar US$ 125 milhões na série C, liderada pela Glade Brook Capital, em fevereiro.

Fundada por Cristóbal e Eduardo della Maggiora, em 2018, a empresa opera no Chile, Brasil e acaba de desembarcar no Equador. A Betterfly disse que usará os fundos em sua expansão em sete novos mercados entre a AL e a Europa.

Em setembro passado, a Betterfly surpreendeu a indústria, quando adquiriu no mesmo dia as startups chilenas Kunder, Heypay!, Nesto, ProSueños e a brasileira Xerpa.

Dock

Dedicada ao fornecimento de tecnologia financeira, a brasileira Dock arrecadou US$ 110 milhões, em maio, em uma rodada liderada pela Lightrock e Silver Lake Waterman. O financiamento também transformou a fintech em um unicórnio, atingindo uma avaliação de US$ 1,5 bilhão.

A Dock, cujo CEO é Antonio Soares, é especialista no desenvolvimento de tecnologia para bancos como serviço e atua no Brasil e no México. Acelerou seu desembarque no último mercado, após adquirir o Cacao Paycard no ano passado.

A capitalização financiará sua expansão e o desenvolvimento de novos produtos.

Xepelin

A chilena Xepelin, focada em soluções financeiras digitais para PMEs, arrecadou, em maio, US$ 111 milhões na série B liderada por Avenir e Kaszek.

“Nosso negócio não depende de um ciclo econômico, seja positivo ou negativo”, contou à iupana Sebastián Kreis, cofundador e CEO da Xepelin, que opera no Chile e no México.

Este último lugar é o desafio para este ano. “Continuamos com nosso foco de crescer no México, de ganhar o México, de ser a fintech B2B mais importante”, disse Kreis.

Kushki

A fintech equatoriana Kushki expandiu sua rodada da série B este ano e adicionou US$ 100 milhões à arrecadação inicial de US$ 86 milhões em junho de 2021. Com este novo capital, Kushki tornou-se o primeiro unicórnio em seu país.

“Alcançar esse marco em tempos de incerteza econômica é evidência da qualidade e resiliência de toda a nossa equipe”, disse Gabriele Zuliani, vice-presidente executiva de desenvolvimento de mercado da Kushki.

Kaszek Ventures, Clocktower Ventures, SoftBank e DILA Capital participaram da extensão. A fintech iniciou as operações em 2021 com 140 funcionários, que hoje somam 750.

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