Boas Fontes: Argentina suspende avanços de criptomoedas de bancos

6 May, 2022

Olá!

Depois de reportarmos o marco regulatório das criptomoedas do Brasil, na semana passada (perdeu? leia aqui), agora, é a Argentina que coloca as moedas digitais no centro da pauta. Três dias após o Banco Galicia ter permitido a compra, venda e custódia de criptomoedas por meio de suas contas e canais digitais, o Banco Central da Argentina (BCRA) jogou um balde de água fria na iniciativa que poderia encorajar outras instituições
tradicionais a seguirem o mesmo caminho.

O BCRA emitiu comunicado dizendo que as instituições financeiras não podem facilitar a negociação de ativos digitais que não estejam expressamente autorizados e regulamentados. Siga acompanhando iupana e assine nosso serviço iupanaPRO para não perder nenhuma notícia sobre o cenário das criptos na
região.

Além dos principais movimentos de investimentos, alianças do setor e os destaques regulatórios, destaque para nossa matéria exclusiva sobre o avanço de open banking no Brasil. Mostramos o que é necessário para acelerar o open finance e por que, ainda que muito promissor, as finanças abertas não decolaram em forma de novas ofertas e mais concorrência.

Boa leitura e até a semana que vem!

#TopStory 🔝

Argentina suspende avanços de criptomoedas de bancos

O Banco Central da Argentina interrompeu abruptamente as abordagens dos bancos tradicionais ao comércio de criptomoedas na noite dessa quinta-feira (5/5).

Em comunicado, o Banco Central disse que as instituições financeiras não podem facilitar a negociação de ativos digitais que não estejam expressamente autorizados e regulamentados.

A declaração veio apenas três dias depois que o Banco Galicia, um dos principais credores do país, permitiu a compra, venda e custódia de criptomoedas por meio de suas contas e canais digitais, em um movimento visto como potencialmente encorajador para outros bancos. A fintech Brubank também anunciou opções para negociar criptomoedas como bitcoin ou ether.

A declaração do Banco Central ocorre em meio a uma escalada de desenvolvimentos regulatórios na Argentina que sugerem que a abertura do país aos ativos digitais está crescendo.

A Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV) lançou recentemente um centro de inovação em fintech, mencionando interesse específico em startups de criptomoedas. Enquanto isso, a Casa da Moeda avança na busca por novas tecnologias para emissão de moedas digitais.

Como se costuma dizer, dois passos para frente, um passo para trás.

#Investimentos 📈

Xepelin arrecada US$ 111 mi na rodada B

A Xepelin, uma fintech chilena de pagamentos de pequenas empresas, fechou uma rodada de investimentos da série B coliderada por Avenir e Kaszek por US$ 111 milhões. Os fundos serão usados para impulsionar sua plataforma de pagamentos B2B em seus mercados no Chile e México, bem como explorar novos destinos.

YoCripto encerra rodada de investimentos por US$ 4 milhões

A YoCripto, uma fintech mexicana de cartões de crédito apoiada por criptomoedas, fechou uma rodada de capital semente de US$ 4 milhões liderada pela DILA Capital. A fintech disse que chamou a atenção de mais investidores do que eles esperavam e que com o financiamento eles planejam fortalecer sua proposta de negócio voltada para jovens não bancarizados e baseados em cartões com um cashback de até 3% em bitcoin para cada compra.

#Regulamentação  📜

Resumimos os últimos movimentos regulatórios, através do nosso novo serviço iupanaPro

Colômbia busca financiamento verde, dados alternativos para seu sandbox

A Superintendência Financeira da Colômbia (SFC) abrirá, nas próximas semanas, chamada para seu sandbox regulatório com ênfase em fintechs de iniciativas de finanças verdes, livros distribuídos e fontes de informações alternativas de crédito.

Legisladores propõem nova entidade de segurança cibernética no Peru (e aumenta a espera por regras claras)

Grupo parlamentar no Peru propõe criar o Centro Nacional de Cibersegurança para fintechs para denunciar ataques cibernéticos, mas especialistas dizem que a criação de um novo órgão poderia atrasar ainda mais a emissão de regras de prevenção de fraudes.

#Autorizações  🖊

Banco de Crédito e Inversões (BCI) obtém licença para operar no Peru

O banco chileno BCI está preparando operações no Peru após receber autorização da superintendência bancária daquele país. Gonzalo Camargo, CEO da BCI no Peru, mencionou que ainda há alguns detalhes para começar a operar, mas eles esperam se tornar um banco de referência para as empresas.

Shopee recebe autorização para operar como instituição de pagamento

A Shopee, gigante do e-commerce de Cingapura, recebeu autorização do Banco Central do Brasil para operar como instituição de pagamento e emissor de dinheiro eletrônico. O movimento de marketplace, um dos mais utilizados pelos brasileiros, está alinhado com outras empresas minoritárias, como o Mercado Livre ou a Magazine Luiza, que se expandiram em pagamentos e outros serviços financeiros.

#Alianças  🤝

Up Sí Vale faz parceria com BPC

O grupo Up, com sede na Europa, selecionou o solucionador de pagamentos BPC para melhorar o crescimento e a transformação digital de seu produto para emitir cartões pré-pagos no México.

Veritran e SpyCloud formam aliança

A Veritran, desenvolvedora de soluções low-code, e a SpyCloud, uma empresa de prevenção de fraudes, fizeram uma parceria para oferecer serviços de proteção de identidade, desde a criação e autenticação de contas até a mitigação do risco de transações.

#Pessoas 💁🏻‍♀️💁‍♂️

Câmara Argentina de Fintech renovou autoridades

Em sua última assembleia, a Câmara Argentina de Fintech reelegeu Ignacio Plaza, da Primary Ventures, como presidente pelos próximos dois anos. Também foi nomeado Mario López, CEO do Poincenot Technology Studio, como primeiro vice-presidente e Romina Simonelli, da Ualá, como segunda vice-presidente.

#iupanaExclusive 🔥

Open banking está avançando no Brasil. No entanto, ainda há desafios a serem superados para alcançar o verdadeiro potencial de inclusão financeira que o modelo pode ter.

• O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou a evolução do open banking para o open finance, abrangendo outros serviços mais amplos, como investimentos ou pensões.
• Em março, as interações no quadro de financiamento aberto (chamadas de API) cresceram 112%, em comparação com o mês anterior. No entanto, há desafios como a qualidade dos dados que dificultam o crescimento do
  modelo.
• O open banking ainda tem o desafio de educar os consumidores sobre os benefícios de sua implementação.

Saiba mais detalhes em nossa exclusiva 

De Roberta Prescott e Katie Llanos-Small