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Cinco fintechs que estão reinventando o negócio de remessas na América Latina

out 24, 2022

Por Antony Pinedo
Cinco fintechs que están reinventando el negocio de las remesas en LatAm

As remessas representam um mercado complexo pronto para disrupção. Apresentamos cinco fintechs que estão inovando em pagamentos internacionais na América Latina

 

As propostas digitais de envio de remessas na América Latina estão se expandindo, em uma estratégia que busca monopolizar essa vertical que urge de imediatismo, simplificação de processos e de inovação digital e que atinge recordes a cada ano.

Motivados por este cenário, Ripley, Ualá, Revolut, Wise e Prex se aventuraram neste ano em envios transfronteiriços para países da América Latina. Trazem consigo diferentes modelos de negócios e até contam com alianças com outras empresas, com o desafio de digitalizar o envio de ponta a ponta.

Em todo o ano de 2021, US$ 131 bilhões entraram na América Latina por meio de remessas internacionais, um aumento de 25,3%, e estima-se que o volume aumente 9,1% no fim deste ano, segundo o Banco Mundial, observando volumes históricos que não passaram despercebidos pelos referentes da indústria de fintech.

“As remessas internacionais na América Latina se tornaram um mercado relevante”, disse Tomás Bercovich, CEO e cofundador da Global66, fintech especializada em remessas, à iupana. Ele acrescentou que os bancos tradicionais  e os seus canais virtuais, “apesar de cumprirem o funcionamento de serviços locais, como carteiras digitais e meios de pagamento, não satisfazem a necessidade de serviços internacionais”.

Abaixo compilamos uma lista das principais soluções dessas empresas.

 

Chek da Ripley 🇨🇱

Embora tenha começado no varejo, o Grupo Ripley, do Chile, ampliou sua proposta financeira para enviar remessas por meio de sua carteira eletrônica Chek. O serviço estará disponível nos próximos meses.

Estamos fazendo uma aliança com um importante ator que nos fornece o serviço de remessas”, disse Matías Goldsmith, CEO da Chek, a este noticiário em setembro.

A carteira tem mais de 1,3 milhão de clientes e o acordo permitirá que seus usuários enviem dinheiro para vários países do mundo. O modelo de negócios da Chek é cobrar uma comissão competitiva, segundo o CEO.

"Obviamente, deve ser barato e justo para o usuário, mas também deve permitir que nos complementemos com um parceiro e deve ser um negócio para eles também", disse ele.

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Ualá 🇲🇽

O unicórnio argentino Ualá lançou, em setembro, sua solução de remessas no México, o segundo país do mundo que mais recebeu dinheiro desse tipo em 2021.

A fintech fez um acordo com a empresa de remessas MoneyGram para que pessoas da América Latina e dos Estados Unidos pudessem  depositar dinheiro em pontos físicos e depois tê-los na plataforma digital Ualá.

Pierpaolo Barbieri, CEO e fundador da Ualá, equiparou o serviço a uma "revolução financeira", como disse em sua conta no Twitter.

“O potencial de transformação é infinito: mais de 90% dos fluxos de remessas começam e terminam em dinheiro. Isso os torna mais caros e menos seguros. É o que viemos para mudar, para dar facilidade e transparência ao processo”, escreveu.

A Ualá opera na Argentina, na Colômbia e no México; e conta com mais de 5 milhões de usuários. Neste último mercado, comprou o banco ABC Capital, em novembro de 2021, para ampliar sua oferta financeira.

 

Revolut 🇲🇽

O neobanco inglês Revolut escolheu o México, em 2021, como seu primeiro local de aterrissagem na América Latina. O primeiro produto, que será lançado nos próximos meses, foca em transferências transfronteiriças.

A estratégia é que os usuários da Revolut, globalmente, possam transferir dinheiro rapidamente dentro da mesma plataforma, gerando um circuito rápido com baixas comissões. A empresa tem mais de 20 milhões de usuários em todo o mundo.

Enquanto refinam os detalhes regulatórios para operar a partir do México, a Revolut possibilitou, neste ano, a possibilidade de seus clientes dos Estados Unidos enviarem dinheiro para o país asteca sem comissões e em 30 minutos, com o objetivo de começar a competir nesse segmento.

Em fevereiro, a empresa confirmou à iupana que estava avaliando a possibilidade de adquirir uma licença bancária no México.

 

Wise 🇲🇽 🇧🇷

A fintech britânica, que ganhou reconhecimento por suas soluções cross-border, tem operações no Brasil e está prestes a abrir escritórios no México, buscando seu nicho nos maiores mercados de remessas da América Latina.

Além do Brasil e do México, também possuem licença para operar no Chile e estão movimentando transferências de dinheiro na Argentina, no Uruguai, na Colômbia e na Costa Rica.

“É uma região com muito potencial inexplorado”, disse Pedro Barreiro, líder de bancos e expansão da Wise no Brasil, à iupana em uma entrevista em setembro.

A Wise, anteriormente TransferWise, usa uma fórmula em que o dinheiro se move o mínimo possível. Eles constroem uma rede de bancos locais, com os quais estabelecem alianças, evitando que o dinheiro cruze fronteiras, o que geraria mais custos e tempo. Portanto, se um usuário envia libras e deseja convertê-las em euros, por exemplo, ele deposita libras na conta bancária da Wise no Reino Unido e paga ao destinatário de sua conta em euros.

É um modelo que tenta reduzir as altas comissões que os bancos cobram pelos embarques transfronteiriços e que estão importando para a região, com suas peculiaridades.

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Prex 🇺🇾 🇦🇷 🇵🇪

A Prex é uma carteira digital com operações no Uruguai, Argentina e Peru. Seus usuários podem fazer transferências imediatas entre esses mercados por meio de sua plataforma.

"É um negócio 100% desenvolvido e executado pela Prex, que, além de gerar receita por meio de comissão, tem um diferencial que poucos têm e é muito bem recebido por nossos clientes por sua simplicidade, rapidez e baixo custo", disse, em setembro, Agustín Gallo, diretor de crescimento da fintech.

A carteira cobra uma taxa de US$ 0,99 por transferência, independentemente do valor enviado.

Os esforços para digitalizar o circuito de remessas também incluem um player tradicional como a Western Union, que garantiu à iupana que o saque final dos usuários continua sendo dinheiro, mas que estão expandindo suas soluções de saque para contas bancárias ou carteiras como o Mercado Pago, no mercado mexicano.

Fechar o ecossistema e digitalizá-lo do início ao fim é uma oportunidade valiosa para o sistema financeiro da América Latina.

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